Este trabalho objetivou analisar o cenário atual da educação interprofissional nas Residências Multiprofissionais no Brasil, no tocante aos desafios, estratégias de operacionalização e impactos das práticas colaborativas no processo de trabalho das equipes multiprofissionais de saúde. Foi realizada uma revisão integrativa, de caráter descritivo e abordagem qualitativa, a partir da análise de artigos publicados entre 2015 e 2020, na Biblioteca Virtual em Saúde. Os resultados mostraram que a educação interprofissional enfrenta vários desafios de operacionalização no Brasil, desde a implementação das novas diretrizes nos currículos dos cursos da saúde até as práticas profissionais caracterizadas pela repressão às mudanças e manutenção do modelo de assistência tradicional, entre outros atravessamentos. Foi possível concluir que as práticas colaborativas possibilitadas pelos programas de residência multiprofissional em saúde contribuem para o desenvolvimento de uma consciência holística de cada profissional integrante das equipes de residentes multiprofissionais, uma vez que revelam conhecimentos abrangentes e que se complementam mutuamente, no âmbito da educação interprofissional, favorecendo a integralidade do cuidado.
A realização de levantamentos epidemiológicos consitui-se de importante ferramenta para o conhecimento da prevalência das doenças bucais e, assim poder orientar o planejamento, execução e avaliação de ações de saúde em uma população. Dessa forma, foi realizado um estudo transversal com 13.706 pessoas, residentes na zona rural e na zona urbana, em faixas etárias entre 0-60 anos, os quais foram classificados quanto ao risco à cárie, avaliados em: 1(baixo); 2(médio); 3(alto), fatores contribuintes para o câncer bucal, necessidade e uso de protése dentária e prevalência de doença peridontal. Os dados foram tabulados e submetidos à análise descritiva e Kappa com concordância intra e inter-avaliadores de 100% e 95%, respectivamente. Observou-se maior número de indivíduos enquadrados como risco 1 e 2 na zona urbana. Nos fatores contribuintes para o câncer bucal, a exposição ao tabagismo e ao etilismo foi semelhante nas populações analisadas. O uso de prótese, a zona rural (27%) se destacou em relação à urbana (18,2%), sendo a faixa etária de 20-59 anos mais cometida por portadores de uso de prótese dentária. A prevalência de alteração na mucosa na mesma faixa etária (20-59 anos) foi fator de destaque entre as duas regiões, tendo a zona rural 6,2% e a zona urbana 2,8%. Quanto ao desenolvimento de doença periodontal verificou-se que a zona urbana se destacou em relação a rural, tendo 25,13% dos indivíduos com a doença ativa. Tais resultados sugerem melhor direcionamento das políticas de saúde bucal e suas estratégias de cuidado, a fim de alcançar acesso ao serviço odontológico e resolutividade baseado nas especificidades de diferentes faixas etárias e localizações.
Os estágios são importantes cenários para a aquisição de saberes e práticas na formação de profissionais da saúde. A atuação dos profissionais preceptores de estágio requer uma formação didático-pedagógica para embasar os processos de ensino e aprendizagem que permeiam esse período da formação acadêmica. Objetivo: caracterizar o perfil e a formação pedagógica dos preceptores de estágio curricular de saúde coletiva. Trata-se de pesquisa de abordagem qualitativa, com uso de entrevista semiestruturada e os dados submetidos à análise de conteúdo. A pesquisa foi realizada com 13 supervisores de estágio curricular de saúde coletiva de uma universidade pública estadual do Nordeste brasileiro, após critério de saturação como referencial numérico. Resultados: perfil jovem de supervisores, todas do sexo feminino e revelam que a maioria dos preceptores de estágio atua sem formação didático-pedagógica específica para o exercício de preceptoria de estágio. Conclusão: infere-se que os preceptores de estágio de saúde coletiva necessitam de formação docente.
O presente documento traz diretrizes construídas pela Comissão de Saúde Mental do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1ª Região (CREFITO 1) com a intenção de apoiar e estimular as faculdades de Graduação em Fisioterapia de forma objetiva e prática, na elaboração de projetos político-pedagógicos no contexto da Fisioterapia na Saúde Mental. Após o surgimento das Diretrizes, instituídas pela Resolução CNE/CES nº 4, em 19 de fevereiro de 2002, cada instituição de nível superior adquiriu autonomia para elaborar os currículos de seus cursos, respeitando essas diretrizes, permitindo ao fisioterapeuta construir competências teórico-práticas para atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com uma visão global e ampla da pessoa e do coletivo. Desta forma, com o advento da desinstitucionalização e com o tratamento sendo realizado em liberdade em serviços que compõem a RAPS, e com a abertura dos leitos de psiquiatria nos hospitais gerais, o profissional fisioterapeuta mais comumente irá se deparar com o atendimento a estes pacientes, precisando então, conhecer sobre os estigmas a eles atribuídos e sua luta por um tratamento digno, a fim de planejar a melhor forma de assisti-los em suas necessidades.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.