Resumo O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) foi criado com a finalidade de reorganizar a assistência à saúde e auxiliar na qualificação do SUS. A organização do processo de trabalho do NASF depende da existência de espaços coletivos, de momentos de encontros em que trabalhadores possam estar juntos para implementação de ações mais qualificadas, aumentando a capacidade resolutiva das equipes. Este artigo tem como objetivo analisar os processos vivenciados pela equipe NASF para produção de momentos de encontro como meio de produzir apoio às equipes de saúde da família. Pesquisa de abordagem do tipo qualitativa, que utilizou no trabalho de campo observação e grupo focal. Como resultados, são apresentados os processos vividos pela equipe NASF para a produção de coletivo, descrevendo como foi construído o espaço da reunião de matriciamento e os processos vividos que contribuíram para isso, como momentos informais de encontros, como o do cafezinho. A equipe NASF buscava alternativas de integração, no entanto, sua prática era capturada pelo processo de trabalho operante e pelo modelo hegemônico. A aposta em encontros intercessores, onde saberes, tanto técnicos como os da vida, sejam compartilhados é um caminho a ser trilhado na produção de um coletivo.
No abstract
Resumo: A Atenção Básica (AB) é o principal acesso da população as serviços do Sistema Único de Saúde brasileiro, é neste campo que a Estratégia Saúde da Família (ESF) atua com a promoção, prevenção, reabilitação, produzindo o cuidado com o usuário pertencente a sua área de abrangência. A ESF compõem o território dos usuários e está próximas as famílias e são nestas relações que há produção do cuidado. Conhecendo este contexto, é relevante discutirmos as práticas de cuidado realizadas nestes espaços, de forma a contribuir com o processo de trabalho destas equipes e apoiá-los na produção do cuidado em saúde. Objetivos: analisar a produção do cuidado realizado pelos trabalhadores de uma equipe da Estratégia Saúde Família, de um município de grande porte, no sul do País. Métodos: Tratase de uma pesquisa interferência, na perspectiva cartográfica, que utilizou-se do usuário cidadão guia e tenda do conto para acessar as formas como o cuidado é produzido. Foi escolhida uma família cidadã guia a partir das indicações da equipe de ESF de uma UBS. O acompanhamento ocorreu no período de 2016 e 2017. Os encontros foram registrados por meio de gravações em áudio e diário de campo. A tenda do conto foi uma ferramenta utilizada em uma das reuniões de equipe como um dispositivo disparador para a reflexão do trabalho. Resultados e conclusão: a complexidade do caso apresentado pela família cidadã guia suscitou a discussão do processo de subjetivação a que estamos sujeitos, e que produzem olhar armado sobre o usuário e suas necessidades em saúde de forma a interferir diretamente na produção do cuidado deste indivíduo/família. Identificamos que uma forma de apoiar o trabalhador em saúde nesta desconstrução do olhar armado é incentivando a reflexão do processo de trabalho diário. E a educação permanente em saúde (EPS) é apresentada como uma alternativa neste processo.
Resumo. O cuidado pode ser produzido nos serviços que compõem a rede de atenção à saúde no encontro entre trabalhadores e usuários, ou de forma autônoma pelo usuário que constrói redes vivas na busca por atender suas necessidades. Este artigo traz como objetivo cartografar a produção de cuidado nas redes percorridas e construídas pelo usuário guia de um serviço de atenção domiciliar, analisando o cuidado produzido e compartilhado no sentido de atender às necessidades de saúde do usuário. Para isso, tomou-se como ponto de partida um usuário do Serviço de Atenção Domiciliar, que guiou a pesquisadora por caminhos e processos percorridos por ele na construção de um mapa cartográfico de cuidado. Ao iniciar o trabalho de campo, iniciouse o processo de produção da pesquisadora-cartógrafa, que precisou desconstruir o olhar armado do olho retina, e trazer para cena a vibratilidade do corpo e do olhar, passando a dar visibilidade e dizibilida aos afetos dos encontros, e com isso colocar em análise suas próprias implicações. A Cartografia, por ser uma ferramenta que oportuniza ao pesquisador dar voz aos afetos, propicia maior proximidade com a vivência do usuário o que permite a valorização da vida do outro por meio da construção da pesquisa.
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