Os programas de orientação de riscos à população contribuem para a redução de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA’s). Quando há suspeita de surto de DTA’s, os hospitais e unidades de saúde devem comunicar à Vigilância Epidemiológica Municipal para que o processo de investigação do surto tenha início. O objetivo do presente estudo foi identificar as falhas existentes no processo de investigação de surtos de DTA’s em dois hospitais da rede privada e dois hospitais da rede pública de Uberlândia, MG. Um total de 19 médicos pediatras ou clínicos gerais, que atendem casos de suspeita de surtos de DTA’s, responderam dois questionários, sendo um de investigação e outro de pesquisa de opinião. Houve a sugestão de elaboração de uma ficha de DTA’s de rápido preenchimento a ser utilizada durante o atendimento de casos suspeitos, com a descrição dos sintomas apresentados pelos pacientes no prontuário, local de ocorrência dos surtos e identificação do alimento consumido. O desenvolvimento de uma ficha própria por paciente e seu preenchimento compulsório pelos médicos facilitariam a inter-relação entre as vigilâncias municipais e o órgão de saúde. Estas medidas permitiriam maior eficácia nos processos de investigação de DTA’s, visto que a interação entre os órgãos é deficiente, contribuindo para subnotificações de surtos de DTA’s.
Introdução: A Vigilância Sanitária de Uberlândia (MG) analisa os rótulos dos alimentos dispensados de registro mediante a apresentação do processo de comunicação de início de fabricação de produtos dispensados de registro. São de responsabilidade do próprio município o acompanhamento e a análise deste processo. Objetivo: Verificar a qualidade do apoio técnico por meio de avaliação por parte das empresas e avaliar se ações educativas promovidas para empresas e para a equipe técnica da Vigilância Sanitária sobre os processos de comunicação de início de fabricação de produtos dispensados de registro foram efetivas para incremento das aprovações dos processos. Método: Foram aplicados minicursos aos funcionários da Vigilância Sanitária e às empresas de alimentos sobre o processo de comunicação de início de fabricação de produtos dispensados de registro e rotulagem de alimentos, além de disponibilização de apoio técnico às empresas. A avaliação das ações educativas foi realizada mediante quantificação das conformidades dos processos. A avaliação da qualidade do apoio técnico foi realizada por meio de ficha de avaliação do grau de satisfação. Resultados: Os processos, após a aplicação das ações educativas, obtiveram melhora discreta nos índices de conformidades (informações gerais, lista de ingredientes, conteúdo líquido, validade, denominação de venda e lote). A satisfação do apoio técnico obteve média de avaliação "ótima". Conclusões: As ações educativas não obtiveram a eficiência esperada em curto prazo, porém a disponibilização contínua dessas ações poderia aumentar a aprovação dos processos.
Os produtos de competência de fiscalização da ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) são divididos em duas categorias: produtos com registro obrigatório e produtos dispensados de registro, onde o segundo com a descentralização das ações passou a ser de responsabilidade do município. No município de Uberlândia, observa-se que as empresas possuem dificuldades na elaboração desta documentação e a vigilância sanitária municipal enfrenta dificuldades quanto à disponibilidade de mão de obra na avaliação de tal documentação. Este estudo teve por objetivo avaliar os principais não conformidades encontradas nestes processos. Foram avaliados quais documentos não foram apresentados nos processos, os campos preenchidos incorretamente no Formulário de comunicação de início de fabricação dos produtos dispensados de registro e as não conformidades encontradas nos rótulos. Dentre os processos avaliados (169), apenas 4 conseguiram aprovação, observando grande porcentagem de erros nos rótulos se comparada com as avaliações encontradas na literatura. Houve também grande porcentagem de não conformidades na apresentação da documentação pertinente ao processo (35,5%) e nos rótulos (97,6%). Portanto, pode-se observar que o índice de inconformidades encontradas nos processos foi expressivo, sendo necessária aplicação de ações educativas por parte do órgão fiscalizador para sensibilização das empresas e capacitação das mesmas com o intuito de melhorar os índices de aprovação dos processos.
Introdução: No município de Uberlândia (MG), os comércios varejistas de carnes são classificados em categoria A, B e C e, dependendo da categoria de classificação/atividade exercida, devem cumprir exigências referentes à estrutura e aos procedimentos. Objetivo: Verificar as condições higiênico-sanitárias desses estabelecimentos após sua regulamentação na cidade de Uberlândia. Método: Foram analisados documentos das inspeções realizadas entre os meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016, em 14 açougues categoria A, que solicitaram alvará sanitário. Resultados: Os achados foram categorizados em cinco blocos, a saber: 1) situação e condições de edificação; 2) equipamentos e utensílios; 3) pessoal na área de produção, manipulação e venda; 4) armazenamento e exposição de produtos industrializados; 5) produção e exposição de produtos artesanais. Os blocos que apresentaram a menor ocorrência de não conformidades foram os relacionados à estrutura física (22,5%), equipamentos e utensílios (18,3%) e pessoal na produção, manipulação e venda (28,6%). Por outro lado, os dados apontam que os itens referentes aos blocos 4 e 5 foram os com maior ocorrência de não conformidade. Conclusões: Os açougues categoria A da cidade de Uberlândia apresentaram poucas não conformidades referentes a estruturas e grande deficiência relacionada aos procedimentos.
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