Alternative methods, as adsorption, with use of readily available and low cost materials have been used to remove contaminants in water bodies. Objective of this work was to study adsorptive power of cactus pear forage (Opuntia tuna Mill) biomass without bark as adsorbent for removal of gasoline in water bodies. Material underwent a natural drying process and then comminution to powder form.  In adsorption kinetics study, were evaluated time between 5 and 60 minutes (with a 5-minute interval) and equilibrium concentrations of contaminants ranging from 5 to 50%, with a 5% variation rate. It was observed that process was rapid, with greater adsorption efficiency over time for 30 minutes. Langmuir model fitted well to experimental data, with a maximum adsorption capacity of 5.94 g.g -1. Results confirm that cactus pear forage without peel appears as a promising biomass in gasoline adsorption process.

O meio ambiente vem sofrendo com problemas que afetam os recursos hídricos e os solos, comprometendo sua qualidade. Existem inúmeros fatores que contribuem para a poluição ambiental, dentre eles se destacam as indústrias petrolíferas, que são consideradas mundialmente como um dos setores que mais proporciona a contaminação do meio ambiente. Ao longo do seu processo de produção, essas indústrias são responsáveis por gerar enormes quantidades de resíduos sólidos, prejudicando diretamente a sobrevivência de vida no planeta. Pensando nisso, o trabalho teve como objetivo utilizar a casca da palma forrageira, espécie típica do semiárido nordestino, como adsorvente, e o sistema de biopilhas para remoção de contaminantes hidrogenocarbonados (gasolina), presentes em águas de descarte e para recuperação de áreas contaminadas pelo mesmo poluente. Para desenvolver os testes de adsorção, preparou-se uma dispersão gasolina/água simulando o efluente contaminado, utilizando como adsorvente a casca da palma forrageira na forma particulada, realizando as análises de cinética e equilíbrio de adsorção em uma escala de 5 a 60 minutos. Já para o desenvolvimento das biopilhas utilizou-se solo argiloso, esterco, palma sem casca, casca de ovos e microrganismos eficientes e adicionou-se gasolina para simular a área contaminada, avaliando o potencial das biopilhas na recuperação da área poluída durante 89 dias, monitorando a temperatura, umidade, pH, além de realizar análises como Unidades Formadoras de Colônias, determinação da casca da palma forrageira como adsorvente conseguiu reduzir uma concentração máxima de poluente de 7,04 g.g-1 no tempo de 60 minutos. A temperatura, umidade e pH das biopilhas se mantiveram dentro das condições ideais de metabolização dos microrganismos, variando entre 28 e 39°C, 10,77% e 24,05%, 6,4 e 7,73 respectivamente, além de promover a formação de UFC e biossurfactantes. O teste colorimétrico por meio da biodegradação do indicador DCPIP e o teste de ecotoxicidade utilizando sementes de feijão (Vigna unguiculatapresença de biossurfactante, biodegradação utilizando o indicador DCPIP e testes de ecotoxicidade por meio de teste de germinação. As análises de cinética e equilíbrio mostram que a) e alface (Lactuca sativa), a partir do índice de germinação, obtiveram resultados satisfatórios, indicando possibilidades de recuperação do solo. Com isso, nas condições em que a pesquisa foi realizada foi possível concluir que o método de adsorção utilizando a casca da palma forrageira como adsorvente e a biorremediação por meio do sistema de Biopilhas apresentaram resultados que comprovam a eficiência na redução da gasolina na água e no solo.