O PLC 122/2006 foi uma proposta de lei criada pela deputada Iara Bernardi com o objetivo de criminalizar atos de violência física e/ou simbólica referentes a sexualidade e gênero. Grupos conservadores posicionaram-se fortemente em contrariedade à aprovação do projeto, alegando que o mesmo feria os valores da família, da Constituição (no que tange à liberdade de expressão) e da Bíblia – que, segundo determinadas leituras, consideraria a homossexualidade pecaminosa. Percebemos Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, como uma das personalidades mais atuantes nesse processo; assim, a partir dos conceitos de empreendedorismo moral (BECKER, 2008), campo social e, mais especificamente, campo religioso (BOURDIEU, 1983; 2008), midiatização e circulação (BRAGA, 2012), buscaremos compreender a atuação do pastor com relação aos desdobramentos que se seguiram à proposta. Ter-se-á como objeto as postagens feitas em seus perfis no Twitter e no Facebook nos anos de 2011 e 2012 – período em que as discussões sobre o PLC intensificaram-se.
Em março de 2015, o cartunista Vitor Teixeira publicou uma charge aludindo à polêmica sobre o projeto Gladiadores do Altar. Na imagem, um homem com capacete de gladiador e uma camiseta com o símbolo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) enfia uma espada em uma mulher, vestida de mãe de santo. O cartunista foi interpelado extrajudicialmente pela Igreja, que o acusou de “incitar ao ódio religioso”. O artigo enfoca o ciberacontecimento que envolve a polêmica em torno da publicação da charge na web e a circulação dos comentários dos interagentes em sites e portais que divulgaram notícias a respeito do ocorrido. O texto reconstrói o percurso de circulação desse ciberacontecimento, a partir de notícias publicadas em nove portais brasileiros, tanto confessionais quanto não-confessionais e de diferentes orientações políticas, que redundaram em 494 comentários envolvendo o assunto. Os resultados da análise dos comentários nas redes apontam que a defesa do direito de liberdade de expressão e de culto nem sempre vem acompanhada pelo reconhecimento do outro como alguém dotado dos mesmos direitos e digno de respeito.
O PLC 122/2006 foi uma proposta de lei criada pela deputada Iara Bernardi com o objetivo de criminalizar atos de violência física e/ou simbólica referentes a sexualidade e gênero. Grupos conservadores posicionaram-se fortemente em contrariedade à aprovação do projeto, alegando que o mesmo feria os valores da família, da Constituição (no que tange à liberdade de expressão) e da Bíblia – que, segundo determinadas leituras, consideraria a homossexualidade pecaminosa. Percebemos Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, como uma das personalidades mais atuantes nesse processo; assim, a partir dos conceitos de empreendedorismo moral (BECKER, 2008), campo social e, mais especificamente, campo religioso (BOURDIEU, 1983; 2008), midiatização e circulação (BRAGA, 2012), buscaremos compreender a atuação do pastor com relação aos desdobramentos que se seguiram à proposta. Ter-se-á como objeto as postagens feitas em seus perfis no Twitter e no Facebook nos anos de 2011 e 2012 – período em que as discussões sobre o PLC intensificaram-se.
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