Este artigo tem como objetivo apresentar uma caracterização da infraestrutura de transportes da microrregião Centro-Oeste e apontar em que medida tais estruturas contribuem e/ou limitam o desenvolvimento local. A metodologia baseou-se numa análise bibliográfica e documental onde foram consultados documentos oficiais que versam sobre a temática, além de entrevistas com atores chaves da microrregião. Evidenciou-se que o tipo de transportes predominante na microrregião é o rodoviário, que, assim como nas demais regiões do estado e do país, encontra-se saturado e limitado devido à insuficiência de investimentos para manutenção, duplicação, adequação das vias, pavimentação, melhoria da sinalização e da geometria gerando altos custos e desvantagem competitiva para os produtos locais. Mostrou-se também que apesar do potencial logístico da microrregião Centro-Oeste impulsionado pela sua multimodalidade de transportes, a falta de integração dos modais reduz a eficiência do sistema, dificultando a complementariedade entre os setores, a redução dos custos logísticos e a melhoria da qualidade dos serviços. Nesse contexto, os principais desafios da microrregião no que diz respeito à infraestrutura logística são a execução de ações efetivas para a área e uma gestão eficiente, que contemplem as históricas demandas pelos investimentos na modernização e ampliação da infraestrutura de transportes, no balanceamento de sua matriz de transportes, na integração dos diversos modais, na diversificação e aumento da diversidade de produtos escoados. Essas ações trazem retornos sociais e econômicos cruciais para o desenvolvimento sustentável da região.