Objetivo: identificar o consumo e hábitos alimentares de crianças de 2 a 6 anos de uma escola comunitária em um município no Nordeste do estado de Santa Catarina em tempos de COVID-19, no ano de 2020. Material e método:  estudo transversal, descritivo, quantitativo. Participaram 30 responsáveis legais de crianças de 2 a 6 anos de idade. A coleta de dados foi realizada entre os meses de julho e agosto de 2020. Foi utilizado um formulário eletrônico e os dados obtidos foram analisados, inicialmente, de forma descritiva. Para verificar associação entre IMC, sexo e escolaridade foi utilizado teste Qui-quadrado e Exato de Fischer. Principais resultados: a média de idade das crianças foi de 4,33 anos ±1,30 anos. A amostra consistiu predominantemente do sexo feminino (70,0%), estudantes do período matutino (53,3%) e realizavam as refeições a mesa com a família (56,6%), quanto ao estado nutricional 30,0% apresentavam risco de sobrepeso/obesidade. Ao investigar-se a ingestão de alimentos ultraprocessados, houve associação significativa entre o sexo da criança (p=0,030) e escolaridade dos pais/responsáveis (p=0,030). Conclusão:  torna-se necessário o desenvolvimento de medidas para o monitoramento contínuo do perfil nutricional de crianças e o desenvolvimento de ações interdisciplinares educativas, voltadas à promoção de hábitos saudáveis e à prevenção do excesso de peso, em especial, em momentos de crise, isolamento social e pandemia.