Esta pesquisa objetivou identificar as primeiras condutas adotadas pelos clientes antes de procurarem os serviços de saúde e evidenciar mudanças de comportamento quanto a crenças populares relacionadas à prevenção e cura de doenças, após orientações dos profissionais. Estudo qualitativo, tipo descritivo-exploratório, desenvolvido em Goiânia - GO. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista individual junto a usuários de três serviços do Sistema Único de Saúde. Detectou-se que, antes de procurar os serviços de saúde, os clientes utilizam recursos populares tais como chás caseiros, benzeduras, banhos e emplastos para prevenção e tratamento de doenças. Os dados evidenciaram a determinação dos sujeitos de não abandonar a prática popular, mesmo diante de orientações de profissionais de saúde, porque acreditam em sua eficácia. Concluiu-se que a mudança de hábitos relacionados à saúde é um processo difícil e que é preciso respeitar tradições e opiniões do usuário ao se estabelecerem condutas e tratamentos.
A humanização é entendida como responsabilização mútua entre serviços de saúde e a comunidade e consiste em acolhimento e resolutividade. O objetivo deste artigo foi refletir sobre a participação do acompanhante na humanização do parto e nascimento e sobre a sua interface com a equipe de saúde. Reflexão baseada na experiência dos pesquisadores e na literatura atualizada. Organizou-se o texto com abordagem nas temáticas: a participação do acompanhante na humanização do parto e nascimento e o acompanhante no processo de parturição e sua interface com a equipe de saúde. O atendimento humanizado é importante para que o parto seja uma experiência satisfatória e segura para a mulher e seu filho. Entre as medidas do parto humanizado destaca-se o direito da mulher decidir pelo parto natural e de ser acompanhada durante o processo de parturição. A relação entre o acompanhante e a equipe de saúde é complexa, dada a limitação de sua participação no contexto do parto. Trata-se de processo em construção, envolvendo aspectos físico-ambientais das instituições de saúde, qualificação dos profissionais de saúde e da própria cultura das usuárias, que mantém muito arraigada a atitude submissa diante de seus direitos como cidadãs. Descritores: Parto humanizado; Humanização da assistência; Acompanhantes de pacientes; Enfermagem obstétrica.
RESUMO: Recém-nascidos de baixo peso ao nascer (RNBP) são considerados problemas de saúde pública pela associação com altas taxas de mortalidade e morbidade. Nenhum estudo prévio sobre fatores associados ao RNBP na região central do Brasil foi encontrado na literatura. Assim, este estudo teve como objetivo identificar as prevalências e os fatores associados ao baixo peso ao nascer entre nascidos vivos no Estado de Goiás, Brasil. Foi realizado um estudo transversal tendo como fonte de dados o Sistema de Informações de Nascidos Vivos ligado ao Ministério da Saúde. Examinou-se todos os 92.745 recém-nascidos de gestação única residentes no estado de Goiás, no ano 2000. Usou-se análise de regressão logística para identificar os fatores associados ao RNBP (< 2500 g). Em Goiás, os RNBP apresentaram uma prevalência de 5,96% e os fatores associados ao baixo peso ao nascer foram: prematuridade, baixa e avançada idade materna, mulheres não casadas, menos de sete consultas de pré-natal, parto não hospitalar e neonatos do sexo feminino. Ações intersetoriais são necessárias para reduzir as desigualdades da saúde materna e infantil.PALAVRAS-CHAVE: recém-nascido, peso ao nascer, cuidado pré-natal.
Andraus LMS, Minamisava R, Munari DB. Cuidando da família da criança hospitalizada. Rev Bras Cresc Desenv Hum 2004; 14(2): 50-54.Resumo: Este trabalho tem como objetivo contribuir para a discussão acerca da assistência à família da criança hospitalizada por meio de uma reflexão teórica articulada à nossa experiência na área. Buscou-se compreender a situação da família diante da hospitalização da criança e os desafios para a equipe de enfermagem no aprendizado da abordagem da família no contexto da internação. Verificou-se que os familiares possuem expectativas e necessidades distintas dos profissionais, que apresentam dificuldades em acolher, orientar e apoiar as famílias. A falta de condições técnico-científicas e operacionais para o atendimento adequado é um dos fatores limitantes. Sugere-se que para a implementação de um modelo assistencial que contemple as necessidades da criança e de sua família haja investimentos na infra-estrutura e na formação específica de profissionais para que seja possível garantir a transformação da realidade na assistência à criança hospitalizada.Palavras chaves: Família. Criança hospitalizada. Enfermagem pediátrica. INTRODUÇÃOOs prejuízos da privação materna sofridos pela criança institucionalizada foram largamente estudados na primeira metade do século XX, indicando que as crianças hospitalizadas podiam apresentar privação perceptiva causada pela monotonia do ambiente hospitalar 1 . Em 1959, o relatório Platt publicado na Inglaterra 2 já considerava importante o acompanhamento da criança hospitalizada pelos pais em razão dos benefícios sobre o bem-estar do infante. Na segunda metade do século XX, era bastante comum encontrar crianças em estado grave de carência nos hospitais brasileiros, pois o foco de atenção da equipe de saúde convergia quase que exclusivamente para a doença e seus cuidados 3 . Bowlby 4 , em 1968, afirmou que a privação das crianças hospitalizadas às vezes chegava aos níveis presentes nas piores instituições e que o efeito dessa privação, aliada à doença, conferia ao hospital um caráter patogênico para o desenvolvimento das crianças.No Brasil, até a década de 70, as unidades de internação pediátrica geralmente não permitiam a presença constante de um familiar durante a hospitalização das crianças. Naquela época, era comum assistir a cenas dolorosas de crianças aos gritos e mães em lágrimas no momento da internação/separação. As visitas diárias, realizadas apenas em horários fixos, inevitavelmente motivavam a repetição desse drama na ocasião da saída da mãe. Muitos trabalhadores de hospitais e clínicas OPlNIAO / ATUALIZAÇÃO OPINlON / CURIRENT COMENTS
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