RESUMOAvanços e inovações tecnológicas aplicadas ao cuidado neonatal têm possibilitado de forma crescente a sobrevivência de recém-nascidos de risco. O Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP) insere-se no contexto da UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal) como uma tecnologia primordial aos recém-nascidos (RNs) que necessitam de terapia medicamentosa por tempo prolongado. Essa terapia intravenosa requer conhecimentos teóricos e práticos constantemente atualizados. Este estudo vem de encontro às necessidades identificadas no cotidiano da assistência de enfermagem a RNs de uma UTI Neonatal de um Hospital Universitário. Realizar uma revisão integrativa da literatura das publicações relacionadas aos cuidados de enfermagem ao recém-nascido com cateter venoso central. Revisão integrativa da literatura. As buscas foram realizadas nas bases de dados National Library of Medicine (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), PubMed e, como estratégia complementar utilizou-se o Google Acadêmico. Utilizou-se os descritores em Ciências de Saúde (DeCS): "Cateterismo Venoso Central", "Unidade de Terapia Intensiva Neonatal", "Recém-Nascido" e "Cuidados de Enfermagem", por meio da equação booleana ("Cateterismo Venoso Central" AND "Unidade de Terapia Intensiva Neonatal" AND "Recém-Nascido" AND "Cuidados de Enfermagem") e estabeleceu-se como limites estudos publicados no período de janeiro de 2015 a outubro de 2021. As buscas retornaram 145 estudos, destes 24 foram selecionados para compor o corpus da revisão. Em relação ao perfil dos neonatos em uso de CCIP identificou-se: prevalência do sexo masculino, de pré-termos e de baixo peso, pois necessitam de uma fonte exógena de aporte para o adequado desempenho dos seus processos fisiológicos. Quanto ao local de inserção do cateter o membro superior foi prevalente. O posicionamento do cateter também foi estudado nos artigos e a grande maioria apresentou posicionamento central. A quantidade de tentativas de punção para inserção também foi abordada nos estudos, apenas um revelou êxito em tentativa única, enquanto os demais em mais de duas tentativas. Todos os artigos nos quais constavam o motivo da remoção do catéter apresentaram como fator preponderante o final da terapia e dentre as complicações mais frequentes as infecções. Como método de desobstrução, dois estudos mostraram a eficácia da heparina na restauração da permeabilidade do CCIP, embora dados atuais apontem a eficácia, o uso desta solução em RNs ainda é discutível e carece de mais estudos. O tempo médio de permanência do cateter variou de 5 a 14 dias. Não é claro na literatura o tempo máximo de permanência do cateter. Apesar de abordarem alguns pontos positivos acerca do conhecimento e atuação da equipe de enfermagem em relação ao cateter percutâneo, todos os artigos evidenciaram fragilidades, confirmando, portanto, a necessidade de atualização, capacitação e educação permanente dos profissionais. Um aspecto menos abordado foi a analgesia dur...