Resumo A morte do filho antes do nascimento ou óbito fetal representa, geralmente, grande perda para pais e familiares constituindo acontecimento traumatizante, lembrado e temido em uma próxima gestação. A involução da gestação coloca em suspenso os sonhos, as esperanças, as expectativas e as esperas existenciais que os pais normalmente depositam no nascimento da criança. Diante disso, nosso objetivo foi estudar como mulheres vivenciam e enfrentam a situação de perda gestacional, com base na investigação dos aspectos cognitivos (percepções e significados) e emocionais (sentimentos) relacionados. Participaram 11 mulheres internadas no alojamento conjunto de uma maternidade pública, localizada na cidade do Rio de Janeiro. Os relatos verbais coletados foram analisados de acordo com a Metodologia de Análise de Conteúdo de Bardin. Observou-se que o momento do óbito fetal é marcado por reações de choque e negação, seguido de um estado de humor deprimido, desmotivação, autoestima baixa e medo de novas perdas para aquelas mulheres. Discute-se o suporte familiar e da equipe de saúde como essencial para a elaboração da vivência da perda gestacional.
RESUMO. Comunicar a notícia de uma morte fetal é momento muito delicado, tanto para pais e familiares, quanto para o profissional de saúde, que, além de fornecer a notícia, precisa prestar assistência ao longo da internação. O objetivo geral desta pesquisa foi estudar como profissionais de saúde vivenciam e enfrentam a situação de perda gestacional decorrente da morte fetal, com base na investigação de aspectos cognitivos (percepções e significados) e emocionais (sentimentos) relacionados à situação. Com base em delineamento descritivo qualitativo e amostra de con veniência, participaram oito profissionais que prestavam assistência direta a pacientes em situação de perda gestacional, mais especificamente nos setores de ultrassonografia, centro obstétrico e enfermarias de uma maternidade pública de referência a gestantes de alto risco, localizada na cidade do Rio de Janeiro. Os participantes foram entrevistados individualmente e seus relatos verbais analisados e processados de acordo com a metodologia de análise de conteúdo de L. Bardin. Observou-se que os profissionais eram afetados pela situação de perda gestacional, já que relataram sentirem-se impotentes e frustrados diante da situação. Comunicar o diagnóstico de um óbito fetal foi indicado como um dos momentos mais delicados na prática assistencial, que, geralmente, causa frustração e desconforto. Logo, conclui-se que oferecer atenção às manifestações emocionais e comportamentais dos profissionais de saúde pode ajudá-los a elaborar suas questões subjetivas relacionadas à morte fetal no seu contexto de trabalho. Palavras-chave: maternidade; morte; profissionais de saúde.
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