Hemoparasitos em caninos do município de Araguaína, Tocantins Hemoparasites in canines of the municipality of Araguaína, Tocantins
A anemia infecciosa equina constitui uma das doenças mais relevantes em membros desta espécie devido ao prejuízo aos produtores. A Região Norte possui características climáticas e ambientais propícias para a criação de herbívoros, contudo estas mesmas características também favorecem aos insetos vetores desta enfermidade. O presente trabalho teve como objetivo analisar a quantidade de casos notificados de Anemia Infecciosa Equina na Região Norte do Brasil no período de 2005 a 2017. Os dados foram obtidos do Sistema Nacional de Informação Zoossanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Foram constatados 19.239 casos no período estudado, com uma média de 1.480 casos anuais. Não houve uma variação significativa da quantidade anual de casos no período, mas foi observado que os estados com menores rebanhos da região possuíram as maiores proporções em relação ao número de casos/efetivo no ano de 2016. Recomenda-se a adoção de medidas preventivas em relação ao manejo sanitário e controle de vetores e o exame periódico do rebanho como forma de minimizar e controlar o impacto econômico causado por esta enfermidade.
Introdução: O tumor venéreo transmissível (TVT) é uma das neoplasias mais comuns em cães e acomete principalmente a mucosa genital externa. É caracterizado como uma neoplasia de células redondas, altamente contagioso e sua transmissão ocorre pela implantação de tecido tumoral durante coito, brigas ou durante a interações entre animais portadores. O diagnóstico se baseia no histórico, exame físico geral e é confirmado por meio de exames de citologia por aspiração ou imprint tecidual ou pelo exame histopatológico. Quanto ao tratamento, pode-se optar por cirurgia, criocirurgia, eletroquimioterapia, radioterapia ou quimioterapia citotóxica, sendo a monoterapia com sulfato de vincristina o protocolo terapêutico mais utilizado. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de um cão com TVT peniano resistente ao sulfato de vincristina e cloridato de doxorrubicina. Métodos: Para tal, foram colhidas informações do prontuário e os protocolos quimioterápicos empregados. Resultados: Um cão macho não castrado, adulto jovem, sem raça definida e que convive com outros três cães, deu entrada na Clínica veterinária Escola da Universidade Federal de Santa Catarina, campus Curitibanos, com a queixa de sangramento peniano há aproximadamente dois meses. O paciente apresentava nódulos com aspecto rugoso no bulbo da glande, que mediam cerca de 3 e 2 mm de diâmetro. O diagnóstico foi estabelecido por meio da citologia por imprint, que confirmou o TVT. Foi iniciado tratamento com vincristina endovenosa por quatro sessões semanais com dose de 0,50 mg/m². O sangramento peniano cessou após a 2ª sessão. A dose foi aumentada para 0,75 mg/m² a partir da 5ª sessão, pois os tumores pararam de regredir. Finalizada a 6ª sessão, foi instituído protocolo com doxorrubicina endovenosa a 30 mg/m² em duas sessões de intervalo trissemanal, mas novamente os nódulos regrediram sem remissão total. Conclusão: A terapia quimioterápica isolada ou associada costuma desencadear boa resposta no tratamento do TVT, em que normalmente se observa remissão total com sulfato de vincristina, tida como terapêutica de escolha. Entretanto, ocorre ineficácia em casos de resistência, casos incomuns como o do canino em questão. A quimiorresistência pode estar associada ao tipo citológico do tumor ou à superexpressão da glicoproteína-P pelas células tumorais, uma molécula capaz de atuar no efluxo da droga. Nos casos de resistência a quimioterápicos, podem ser empregados outros agentes medicamentosos como cliclosfosfamida, sulfato de vimblastina e metrotexato, já que o cloridrato de doxorrubicina apenas reduziu o tamanho dos nódulos. A radiação é uma terapia efetiva com prognóstico favorável e bons resultados nos tumores extensos, localizados e/ou resistentes à vincristina. O uso de eletroquimioterapia se destaca pela eficácia em relação à quimioterapia tradicional no tratamento de tumores quimio resistentes. A excisão cirúrgica não seria recomendada devido à alta taxa de recidiva, pois durante o procedimento cirúrgico pode ocorrer transplantação de células neoplásicas no local da cirurgia ou em outros sítios. PALAVRAS-CHAVE: Canino, Neoplasia, Oncologia, Quimioterapia
O presente estudo analisou o perfil epidemiológico dos casos confirmados de leptospirose humana, notificada no estado de Roraima, entre os anos de 2005-2015, por meio da consulta em banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde. Esta pesquisa teve por objetivo o levantamento das características epidemiológicas da infecção por Leptospira spp., em seres humanos, que permitam direcionar medidas sanitárias destinadas ao controle da doença e consequentemente a proteção da saúde pública. Constatou-se que a doença, no período, manteve-se estável, com exceção do ano de 2012. A maior parte dos pacientes foram indivíduos do sexo masculino, com faixa etária de 20-39 anos, com provável local de infecção no ambiente domiciliar, sendo residentes em zonas urbanas. A notificação e o diagnóstico ágil permitem que o se institua o procedimento terapêutico em tempo hábil para recuperação do paciente. No entanto, os aspectos preventivos de combate à doença não podem ser menosprezados e devem ser implementados nos municípios em que houve notificação, com base principalmente no controle de roedores e outros animais reservatórios e na drenagem pluvial das zonas urbanas de modo que a população seja menos exposta aos fatores de risco para a infecção e eventual doença.
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