Este artigo articula análises implicadas social e politicamente aos processos de curadoria ocorridos por ocasião do evento artístico-acadêmico DESMONTE realizado na Escola de Dança da UFBA em duas edições, 2019 e 2020. A principal pauta desse evento é refletir sobre gênero, raça, sexualidade e deficiência, em perspectiva corporal e interseccional. Com o aporte dos Estudos Trans, dos Estudos Anti-coloniais e dos Estudos Antropológicos do Antropoceno, convoca-se três elementos (a chama, o leite e a mesa) da performance (B)urra demanda de amor, de Pérola Preta, para compor argumentos que sinalizam pistas de uma cartografia sobre feridas, Fim do Mundo, feitiçarias, curas e criação de outros mundos e modos de ser.
Este artigo trata da questão da autoria no contexto de grupos, núcleos e coletivos de artistas da Dança que vem trabalhando de maneira colaborativa. Pretende uma atualização do termo autoria para ser pensado sempre como coautorias em rede. Tal proposta sugere a diluição da imagem do autor como gênio criador e aponta para uma perspectiva de que todo discurso é tecido junto com outros tantos discursos que o compõem. Ou seja, trata-se sempre de coautorias. O eixo bibliográfico tangencia diálogos entre filósofos como Foucault (1969), Barthes (1988) e Agamben (2007) com pesquisadores artistas como Setenta (2008), Barreto (2017), Araújo (2011) e Salles (2017).
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