A implantação do Sistema de Eventos Adversos Pós-Vacinais possibilitou a formação de profissionais com conhecimentos que pudessem dar mais segurança aos pacientes e evitar falsas contraindicações. O objetivo deste estudo foi conhecer as principais ocorrências de reações adversas com vacinas no município de Campo Grande (MS). Os dados foram coletados mediante consulta às Fichas de Notificação de Eventos Adversos Pós-Vacinais, registradas no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais, no período de janeiro a julho de 2006. Observou-se que a maioria das pessoas que fizeram notificação tinha idade entre 0 e 10 anos (53,6%), sendo 63,4% do sexo feminino. A vacina isolada que mais causou reações foi a dupla adulto (26,8%), seguida da tetravalente (19,5%); dessas reações, 63,4% ocorreram nas primeiras 24 horas após a administração do imunobiológico. Os eventos adversos mais notificados foram dor, rubor e calor (22,4%), seguidos de enduração (18,4%); em 75,6% dos casos, foi adotada a conduta de manter o esquema vacinal. Sugere-se a necessidade de capacitação dos recursos humanos sobre a importância de se notificarem os eventos adversos pós-vacinais, contribuindo desta forma para o aperfeiçoamento constante de nossos imunobiológicos.
Introduction: By the nature of their activities, firefighters are exposed to a high risk of contracting hepatitis B virus (HBV) as most of the Fire Brigade occurrences in Campo Grande, State of Mato Grosso do Sul (MS), Brazil, are related to the rescue of victims of traffic accidents and the transportation of clinical and psychiatric emergencies. The aim of this study was to investigate the seroepidemiological profile of HBV infection in firefighters from the City of Campo Grande, central Brazil. Methods: The research involved 308 firefighters. After giving written consent, they were interviewed and blood was collected for the detection of HBsAg, anti-HBs and total anti-HBc of enzyme-linked immunosorbent assays (ELISA). Results:The participants had an average of 36.4 years of age (SD ± 6.5), being 89.9% male. Blood tests revealed 6.5% of seropositivity for hepatitis B (HB) infection (n=20), and 1% for HbsAg. Isolated anti-HBs markers, indicative of vaccine immunity, were found in 66.9% of the participants and 28.2% were susceptible to infection. With regard to risk factors for HB infection, multivariate regression analysis showed a statistically significant association with length of service; and prevalence was higher in individuals with over 20 years of service. Conclusions: The prevalence of HB found among the firefighters was low and length of time in the profession was found to be a risk factor. Non-occupational risk factors did not influence the occurrence of HB infection in the population studied. Keywords: Hepatitis B. Firefighters. Occupational hazards. RESUMO Introdução:Os bombeiros pela natureza de suas atividades possuem elevado risco para aquisição da infecção pelo vírus da hepatite B (VHB), pois a maioria das ocorrências atendidas em Campo Grande, Estado do Mato Grosso do Sul (MS), Brasil, estão relacionadas ao resgate de vítimas de acidentes de trânsito e transporte de emergências clínicas e psiquiátricas. O objetivo deste estudo foi investigar o perfil soroepidemiológico da infecção pelo HBV em bombeiros do município de Campo Grande, Brasil Central. Métodos: Participaram da pesquisa 308 bombeiros. Após consentimento, foram submetidos à entrevista, coleta de sangue e testes sorológicos para detecção dos marcadores HBsAg, anti-HBs e anti-HBc total por enzyme-linked immunosorbent assays (ELISA). Resultados: A média de idade dos participantes da pesquisa foi de 36,4 anos (±6,5 DP), sendo 89,9% do sexo masculino. Foi encontrado percentual de soropositividade de infecção para hepatite B (HB) de 6,5% (n=20), sendo 1% para o HBsAg. A presença do marcador anti-HBs isolado, indicativo de imunidade vacinal foi encontrada em 66,9% e 28,2% dos indivíduos estavam susceptíveis à infecção. Com relação aos fatores de risco para infecção pelo VHB, a análise de regressão multivariada demonstrou associação estatística significativa com o tempo de serviço, sendo a prevalência maior em indivíduos com mais de 20 anos de serviço. Conclusões: A prevalência de HB encontrada nos bombeiros foi baixa, sendo encontrado...
A violência no local de trabalho vem sendo definida como "incidentes no qual os trabalhadores são insultados, ameaçados, agredidos ou sujeitos a outros comportamentos ofensivos nas circunstâncias relativas ao seu trabalho"(1:1) . De acordo com a CAL/OSHA (2) a violência no ambiente de trabalho se caracteriza de três formas: -A violência externa que é provocada por alguém que não pertence a organização, ou seja, este tipo de violência é reflexo da violência que se tem nas ruas e é provocado por alguém desconhecido. Neste caso, os trabalhadores de saúde têm um risco maior de serem afetados, dependendo da localização geográfica da instituição de trabalho, como periferias e locais com elevado consumo de drogas; -A violência provocada pelo cliente, no qual os trabalhadores de saúde são uns dos mais afetados por lidar com uma clientela muito diversificada composta muitas vezes por pacientes psiquiátricos, dementes, delinqüentes, drogados, embriagados e até mesmo de ter que lidar com os familiares destes pacientes que se tornam agressivos com estes trabalhadores, principalmente em caso de morte; -A violência interna que é aquela que ocorre entre trabalhadores de uma mesma instituição, podendo vir tanto da hierarquia como de outros colegas de trabalho, sendo um exemplo deste tipo de violência o assédio moral (3) . Estudo de base populacional realizado na Finlândia (4) revelou que os enfermeiros de saúde mental e os médicos são umas das profissões mais violentadas no trabalho, perdendo apenas para guarda de prisão e policial. Para o autor isto é causa de preocupação, uma vez que os trabalhadores de saúde não estão preparados para lidar com a violência, que muitas vezes, vêm dos pacientes.Em pesquisa realizada em um hospital regional, na Suécia, os autores referem que os trabalhadores de hospitais têm um grande risco de sofrer violência no ambiente de trabalho, no curso de suas carreiras, sendo que o risco é maior para os trabalhadores de enfermagem que trabalham na assistência (5) . Considerando a gravidade e o risco de sofrer violência no trabalho, justifica-se a necessidade de se investigar o tema, tendo este trabalho como objetivo apresentar uma revisão da literatura sobre o tema violência no trabalho em enfermagem. MetodologiaA informação bibliográfica foi encontrada consultando-se as bases de dados Medline, Lilacs, Dedalus, ProBe (Scielo e Elsevier Science) e Periódicos Capes, no período de 1990 a 2002.Com base na leitura e análise dos artigos encontrados, este trabalho foi estruturado abordando os seguintes tópicos: tipos de violência mais comuns no trabalho em enfermagem, prevalência da violência no ambiente de trabalho, fatores associados ao risco de sofrer violência no ambiente de trabalho, conseqüências da mesma para a saúde do trabalhador e prevenção destes eventos. Principais tipos de violência contra trabalhadores de enfermagemDe acordo com o National Institute for Occupational Safety and Health -NIOSH (6) os trabalhadores de serviços de saúde têm um risco muito baixo de sofrer homicídio no trabalho, entreta...
Firefighters are exposed to a wide range of risks, among them, biological risk. The objective was to analyze working conditions of firefighters in the city of Campo Grande, MS, Brazil, focusing on risk conditions of exposure to biological material. Three hundred and seven (307) firefighters were interviewed for data collection and observed for ergonomic job analysis (AET). Results: 63.5% of the firefighters suffered some kind of job related accident with blood or body fluids. Statistically significant association was found between having suffered accidents at work and incomplete use of personal protective equipment (PPE). About AET regarding the biological risks, 57.1% of all patients had blood or secretions, which corresponds in average to 16.0% of the total work time, based on a working day of 24 h. Besides biological risks, other stressing factors were identified: emergency and complexity of decision, high responsibility regarding patients and environment, and conflicts. Health promotion and accident prevention actions must be emphasized as measures to minimize these risks.
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