Objetivo: Relatar a experiência de prescrição de leite de vaca para uma criança que não poderia ser amamentada. Método: Relato de experiência, seguindo o protocolo Squire 2.0, de atendimento realizado em uma UBS de João Pessoa-PB, em setembro de 2022. Resultados: Em consulta com criança de 32 dias de vida e inadequado ganho de peso para a idade, foi identificada, como queixa oculta, dificuldade de amamentação devido a depressão pós-parto, e ausência de recursos para fórmula infantil. Em bases de dados, foi encontrada a sugestão de diluir o leite integral de vaca em água fervida, até os 4 meses, na proporção 2/3 + 1/3, respectivamente, acrescendo 1 colher de chá de óleo para cada 100 ml. Após 12 dias, verificou-se que a criança ganha peso adequadamente, estando, clinicamente, estável. Conclusão: Tornar as condutas e protocolos compatíveis com a realidade familiar e socioeconômica dos pacientes é fundamental. A vivência relatada expõe o quão complexo é ponderar essas questões, reduzindo danos e ofertando saúde de qualidade.
OBJETIVO: Analisar correlação entre concentrações mensais de poluentes atmosféricos, variações climáticas e taxas de internações hospitalares por DPOC na cidade de São Paulo. MÉTODO: Estudo de série temporal, abrangendo o período de janeiro de 2014 a dezembro de 2015. Coletou-se dados mensais das internações por “bronquite, enfisema e outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas” em São Paulo, a partir do DATASUS, e calculou-se as taxas de internação por 100.000 habitantes baseado em estimativas populacionais do IBGE. Dados sobre umidade relativa do ar, temperatura média, precipitação total e concentrações de poluentes atmosféricos (material particulado fino e monóxido de carbono) foram obtidos de dados diários do Sistema de Informações Ambientais (SISAM) e calculadas médias mensais ou, no caso da precipitação, a somatória mensal. Para as correlações entre as variáveis utilizou- se o teste de correlação de Pearson. RESULTADOS: As taxas de internações mensais por DPOC apresentaram correlação positiva com o material particulado inalável (ρ=0,869; p-valor <0,01) e monóxido de carbono (ρ=0,80; p-valor <0,01), enquanto apresentou correlação negativa com temperatura (ρ=-0,771; p-valor <0,01) e precipitação mensal total (ρ=-0,730; p- valor <0,01). O teste de correlação entre internações e a umidade do ar não foi estatisticamente significante. CONCLUSÃO: As taxas de internação por DPOC apresentaram correlação positiva com os níveis de poluentes na cidade de São Paulo durante o período analisado. Políticas para a implantação de monitoramento dos níveis de poluentes atmosféricos bem como a intensificação de medidas que os reduzam são obrigatórias, frente ao seu impacto na saúde.
Palavras chave: DPOC. Mudança climática. Poluição ambiental.
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