ResumoO acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de morte e sequelas em adultos no Brasil, sendo responsável por 10,7 milhões de internações no país e 80 mil óbitos por ano segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). O ateroma é uma doença que na maioria das vezes origina-se na região do pescoço, e é possível ser identificada pelo cirurgião dentista em radiografias panorâmicas, como placas ateromatosas calcificadas que aparecem como imagens radiopacas entre as vértebras C3 e C4. Se a radiografia panorâmica apresentar calcificações sugestivas de ateromas na carótida, deve-se encaminhar o paciente ao médico especialista para realizar o exame de ultrassonografia de Doppler, que é o exame de eleição para o correto diagnóstico do ateroma. Após a pesquisa, conclui-se que é imprescindível que o radiologista e os cirurgiões-dentistas estejam atentos à presença de radiopacidades nas radiografias odontológicas e tomografias computadorizadas, sabendo diferenciar o anatômico do patológico. Palavras-chave: Aterosclerose, Radiografia Panorâmica, Odontologia IntroduçãoOs acidentes vasculares encefálicos ocorrem em sua maioria devido à formação de ateromas decorrentes da aterosclerose que envolve a artéria carótida. A aterosclerose é uma condição caracterizada por lesões com depósitos de placas de lipoproteínas, que quando apresentam-se totalmente ou parcialmente calcificadas, são denominadas de ateroma. O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de morte e sequelas em adultos no Brasil, sendo responsável por 10,7 milhões de internações no país e 80 mil óbitos por ano (1).O ateroma é uma doença que na maioria das vezes origina-se na região do pescoço, e é possível ser identificada pelo cirurgião dentista em radiografias panorâmicas, como placas ateromatosas calcificadas que aparecem como imagens radiopacas entre as vértebras C3 e C4 (2).Friedlander e Lande (3) foram os primeiros pesquisadores a descreverem a radiografia panorâmica como meio auxiliar de diagnóstico do risco de desenvolver AVC.Para o cirurgião-dentista obter um diagnós-tico mais preciso do ateroma de carótida, além da radiografia panorâmica faz-se necessário utilizar outros recursos imaginológicos, como a tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia. Importantes critérios a serem considerados na interpretação radiográfica são a localização anatômica, a distribuição, a quantidade e a forma das massas calcáreas. É de grande importância o diagnóstico diferencial das calcificações da artéria carótida e outras radiopacidades anatômicas da região do pescoço, onde podemos citar a epiglote, cartilagens tritíceas, ossificação do ligamento estilohioideo e o osso hioide visualizados nas radiografias panorâmica e lateral cefalométrica. Podemos encontrar, também, as radiopacidades patológicas, como sialólitos, tonsilólitos e nódulos linfáticos calcificados (4).
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