Resumo: Investigamos os juízos de professoras de ensino fundamental acerca do valor moral da justiça. Realizamos entrevistas, semiestruturadas, com seis professoras de uma escola municipal de Vitória, ES. Os dados foram analisados com base na teoria piagetiana e na sistematização proposta por Delval. A maioria dos exemplos de injustiça mencionados trata da injustiça social, e os de justiça aborda a igualdade. Grande parte das entrevistadas considera um dever ensinar a justiça, bem como justi ca tal a rmação pela função da escola. Todas as docentes ponderam que o professor deve tomar uma atitude quando um aluno não respeita uma regra. Com relação à atitude que o professor deve tomar, obtivemos respostas que abordam um encaminhamento do problema ocorrido. Por meios dos dados, veri camos que a concepção de justiça das participantes possui características da moral autônoma. No entanto, questionamos se as práticas das docentes favorecem o desenvolvimento de indivíduos autônomos. Palavras Moral education in elementary school: judgements of teachers on the virtue of justiceAbstract: We investigate the judgments of moral justice made by elementary school teachers. We conducted interviews, semi structured, with six teachers from a public school in Vitoria, in the state of Espirito Santo. e data were analyzed based on the Piagetian theory and on the systematization proposed by Deval. Most of the examples of injustice mentioned are linked to social injustice, and those of justice, to equality. A great part of the interviewed consider a duty to teach about justice, and they justify their a rmation saying it is a school function. All of the teachers say that the teacher must have an attitude when a student does not respect a rule. Regarding the attitude the teacher should take, they believe the problem should be solved by the direction of the school. Analyzing the data, we found that the participants' sense of justice has the characteristics of autonomous moral. However, we question if the teachers' performances favor the development of autonomous individuals.
O presente artigo consiste em um estudo sobre a caracterização de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de internação. Nosso objetivo foi conhecer a realidade dos internos por intermédio de: idade; delito cometido; processo escolar; participação em curso e/ou oficina na instituição. Cabe destacar que nosso interesse foi analisar os dados de caracterização dos jovens a partir de referenciais da psicologia da moralidade. Participaram da investigação 30 adolescentes com idade entre 16 e 17 anos, do sexo masculino, internos em uma unidade do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), na região metropolitana da grande Vitória (ES). Realizamos entrevistas individuais, de acordo com o método clínico proposto por Piaget (1926/s.d.; 1932/1994). Por intermédio dos resultados encontrados, constatamos que a maioria dos adolescentes estuda e faz cursos e/ou oficinas. Quanto aos delitos cometidos, os internos mencionam, dentre outros: “roubo ou furto”, “tráfico de drogas ou associação ou uso”, “homicídio ou latrocínio” e “tentativa de homicídio ou tentativa de latrocínio”. Importante destacar que os dados referentes a escola, cursos e/ou oficinas sugerem uma carência de relações cooperativas e uma falta de integração de outrem nos projetos pessoais dos internos. Ainda constatamos que os adolescentes conferem grande atenção aos seus projetos de vida. Ressaltamos a existência de argumentações morais no repertório de jovens que cometeram infrações. Tal fator evidencia a importância de trabalhos que investiguem os valores morais de adolescentes envolvidos pelo crime e violência, problematizando, inclusive, os ditames presentes nos planos moral e ético de tais jovens
O presente artigo consiste em um estudo sobre a caracterização de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de internação. Nosso objetivo foi conhecer a realidade dos internos por intermédio de: idade; delito cometido; processo escolar; participação em curso e/ou oficina na instituição. Cabe destacar que nosso interesse foi analisar os dados de caracterização dos jovens a partir de referenciais da psicologia da moralidade. Participaram da investigação 30 adolescentes com idade entre 16 e 17 anos, do sexo masculino, internos em uma unidade do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), na região metropolitana da grande Vitória (ES). Realizamos entrevistas individuais, de acordo com o método clínico proposto por Piaget (1926/s.d.; 1932/1994). Por intermédio dos resultados encontrados, constatamos que a maioria dos adolescentes estuda e faz cursos e/ou oficinas. Quanto aos delitos cometidos, os internos mencionam, dentre outros: “roubo ou furto”, “tráfico de drogas ou associação ou uso”, “homicídio ou latrocínio” e “tentativa de homicídio ou tentativa de latrocínio”. Importante destacar que os dados referentes a escola, cursos e/ou oficinas sugerem uma carência de relações cooperativas e uma falta de integração de outrem nos projetos pessoais dos internos. Ainda constatamos que os adolescentes conferem grande atenção aos seus projetos de vida. Ressaltamos a existência de argumentações morais no repertório de jovens que cometeram infrações. Tal fator evidencia a importância de trabalhos que investiguem os valores morais de adolescentes envolvidos pelo crime e violência, problematizando, inclusive, os ditames presentes nos planos moral e ético de tais jovens
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