ResumoEste artigo apresenta os percursos e resultados de uma pesquisa qualitativa de doutorado, referente à produção de significados e tomadas de decisão de indivíduos-consumidores numa sociedade de consumo líquido-moderna. Embasando-nos em pressupostos teóricos da Educação Matemática Crítica, do Modelo dos Campos Semânticos e da Economia, investigou-se por meio de entrevistas semi-estruturadas como indivíduos-consumidores se comportam e tomam suas decisões quando se deparam com situações de consumo, bem como quais matemáticas utilizam em suas decisões, possibilitando outros caminhos e reflexões na trilha do consumo na sociedade referida. A investigação revelou, entre outros resultados apresentados ao longo do artigo que, independente da formação escolar, os indivíduos-consumidores tendem a utilizar-se somente das quatro operações para a tomada de decisão, além de utilizar o valor da parcela, em detrimento das taxas de juros, para tomar suas decisões de consumo. Por fim, destaca-se que o uso de simulações matemático-financeiras pode orientar a tomada de decisões de compras a prazo ou à vista. Palavras-chave:Sociedade Líquido-moderna. Educação Matemática Crítica. Produção de Significados. Consumo. Abstract *Doutor em Educação
Neste artigo apresentamos três cenários que buscam problematizar a Educação Financeira no Brasil e seu papel na promoção de Literacia Financeira no âmbito escolar. Detalham-se ainda aspectos e desafios da Educação Financeira no contexto da Base Nacional Comum Curricular, bem como reflexões sobre a importância do estudo e da abordagem da tomada de decisão, numa perspectiva multidisciplinar, para a concepção, desenho e implementação de uma Educação Financeira Escolar (EFE). Por fim, apresenta-se uma síntese de pesquisas que investigaram as relações entre as atividades de livros didáticos com temática financeira e a prática de professores dos anos iniciais sob a ótica da Educação Matemática Crítica. As concepções dos autores, e os resultados das pesquisas que as fundamentam, apontam para um conjunto de ações para a EFE, incluindo: a necessidade da discussão crítica dos temas, além da mera e exclusiva resolução de exercícios de matemática financeira; a formação do professor e seu papel na mediação e fomento de discussões e questionamentos dos estudantes; a intenção de desenvolver Literacia Financeira nas dimensões temporal e espacial, levando em conta o complexo processo de tomada de decisão humana, visando a um agir ético, crítico e convergente com a sustentabilidade do planeta.
Este artigo apresenta três cenários que revelam os desafios da Educação Financeira com a perspectiva da implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Foram escolhidos cenários que se constituem como essenciais na consolidação de propostas e ações relativa à Educação Financeira, e que explicitam o papel do professor e a necessidade de uma atuação mediadora na promoção de literacia financeira, com uma visão crítica sobre os conteúdos do livro didático. Além disso, tratamos de cenários para investigação que já ocorrem nas práticas com temas da Educação Financeira em ambientes de formação que buscam empoderar os indivíduos-consumidores com conhecimentos matemáticos e desenvolvimento de literacia financeira.
O final da década de 1970 marca o início da trajetória da Modelagem Matemática na educação matemática brasileira, em oposição, segundo a pesquisadora Lourdes Maria Werle de Almeida, ao Movimento da Matemática Moderna, como uma alternativa de se fazer matemática nas aulas de matemática e em outros espaços, e contrária à ideologia da certeza.Há diversas entradas para Modelagem Matemática, tanto no âmbito da Matemática Aplicada quanto na Educação Matemática. No contexto da Educação Matemática ela pode ser compreendida como um caminho para o processo de ensino e aprendizagem da Matemática ou para o fazer Matemática na escola, tendo como norteadores a observação da realidade, discussões e investigações que modificam não só as ações que usualmente têm lugar na sala de aula, mas também as formas como se observa o mundo. Na Introdução do livro sob análise, os autores apresentam estudos que, ao serem desenvolvidos, modificaram o status quo em duas realidades, o que serve de exemplo da Modelagem Matemática como instrumental de intervenção e avaliação do mundo em seus diversos aspectos. Apresentam, ainda, exemplos nos quais são revelados procedimentos de Modelagem que trilham três passos essenciais, quais sejam: a formulação do problema, a resolução aproximada e a avaliação, pressupondo, segundo os autores, o diálogo, a negociação e o acordo, além de buscar a leitura crítica dos resultados.Apresenta-se, no início do primeiro capítulo, uma analogia entre as escolas filosóficas (Logicismo, Intuicionismo, Formalismo e Hipoteticismo) de fundamentação à Matemática e o cotidiano da Educação Matemática para que, RESENHAS
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