ResumoO presente artigo analisa a participação de segmentos da sociedade civil organizada ao redor de Projetos Sociais Educativos que objetivam a inclusão de comunidades carentes e/ou a promoção do desenvolvimento sustentável, em parceria com diferentes instituições e organizações sociais, inclusive com a rede escolar. Busca-se compreender as ações coletivas no campo da Educação Não-Formal, nos marcos de uma teoria social crítica. As práticas da educação não-formal se desenvolvem usualmente extramuros escolares, nas organizações sociais, nos movimentos, nos programas de formação sobre direitos humanos, cidadania, práticas identitárias, lutas contra desigualdades e exclusões sociais. As ações desenvolvidas são analisadas destacando-se os sujeitos que atuam como educadores nos projetos -aqui denominados como Educadores Sociais.O trabalho tem duas partes -a primeira faz uma breve caracterização do que é a educação não-formal e o papel e perfil do Educador (a) Social. A segunda apresenta projetos sociais que se inscreveram no concurso "Rumos: Educação, Arte e Cultura", do Instituto Itaú Cultural, ano 2006 (222 projetos sociais), aqui analisados como exemplos de educação não-formal.Dentre as principais conclusões deste artigo destacam-se os méritos nos resultados obtidos pelos projetos sociais, em termos de melhoria das condições de vida das comunidades ou de um melhor desempenho na escola dos jovens participantes; a importância do resgate da memória local etc. Fica claro também as carências na formação do educador que atua nos projetos, a necessidade da sistematização das metodologias pedagógicas utilizadas, a não continuidade das ações e a dificuldade de apoio às práticas desenvolvidas. A necessidade de atuar em redes e sair do isolamento local, assim como dar visibilidade ao trabalho das mulheres que estão atuando como
Neste trabalho, problematizamos a trajetória de institucionalização da participação sociopolítica no Brasil e seus efeitos e implicações para a educação e para o campo das políticas educacionais. Para isso, recorremos à literatura e periodizamos essa relação em cinco momentos, assim identificados por diferentes características e distintos resultados para a educação. Concluímos que a participação na educação é sempre tensionada por diferentes atores e cenários, que ora promovem um avanço da institucionalização da participação, ora induzem a um recuo desse princípio na definição das políticas educacionais. Aponta-se ainda a dificuldade de transposição das políticas de governo rumo às políticas de estado e a consequente fragilidade do estatuto da participação na condução dos assuntos educacionais.
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