Resumo. Nas últimas décadas, assiste-se à emergên-cia de movimentos sociais de naturezas múltiplas, entre eles os grupos ligados à Economia Solidária. Originados, em geral, como resposta imediata a crises econômicas, esses grupos têm pautado relações econômicas diversas em relação à lógica mercantil hegemônica, além de estabelecer padrões de sociabilidade que pretendem ultrapassar o individualismo negativo e ostracismo. Contudo, além dos desafi os impostos cotidianamente aos grupos, relativos à autogestão, sustentabilidade e permanência, impõem-se também desafi os analíticos. O paradigma teórico-epistemológico moderno centrado em critérios clássicos de cientifi cidade tem se mostrado limitado em relação às interseccionalidades da desigualdade, por exemplo, mostrando-se insuficiente para abarcar a complexidade das experiên-cias. O que propomos, portanto, são apontamentos no sentido de buscar caminhos analíticos capazes de superar binarismos excludentes. As refl exões propostas partem de dados empíricos coletados a partir de entrevistas e observação participante junto a um Clube de Trocas na região metropolitana de Curitiba, experiência que colocou em evidência a imbricação e sobreposição de fatores como classe, etnicidade e gênero como operadores múltiplos da desigualdade.Palavras-chave: Economia Solidária, epistemologia, gênero, mulheres.Abstract. In recent decades we are witnessing the emergence of social movements of multiple nature, including groups linked to the Solidarity Economy. Originated in general as an immediate response to economic crises, these groups have adopted economic relations that are diff erent from those of the hegemonic market logic and established patt erns of sociability intended to overcome the negative individualism and ostracism. However, in addition to the daily challenges of the groups in terms of selfmanagement, sustainability and permanence, they also face analytical challenges. The modern theoretical-epistemological paradigm centered on classic scientifi c criteria has proved to be limited in considering the intersectionalities of inequality, for example, and is insuffi cient to encompass the complexity of the experiments. What we propose, therefore, are notes in the search for analytical paths able to overcome exclusionary binarisms. These refl ections are based on empirical data collected from interviews and participant observation at an Exchange Club located in the metropolitan region of Curitiba. This experience has highlighted the intertwining and overlapping of factors such as class, ethnicity and gender as multiple inequality operators.
O presente artigo propõe uma aproximação das contribuições da obra de Carol Gilligan, “Uma voz Diferente”, dos estudos de sexo e gênero à luz das teorias feministas. Além da aproximação teórica, as reflexões dialogam com pesquisa empírica realizada com estudantes do curso de pedagogia acerca das práticas de cuidado, cuidado de si e tecnologias do eu. Os dados empíricos foram coletados mediante entrevistas em profundidade e fazem parte de pesquisa ainda em andamento. Dentre os achados de destaque, indicamos a experiência de mulheres na formação em pedagogia que tensionam a feminilização do cuidado e a essencialização do trabalho reprodutivo
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