A partir do paradigma de que a determinação do sexo post mortem pode ser realizada em qualquer osso humano, o presente estudo observacional analítico foi realizado em 191 ossadas de brasileiros, sendo 109 do sexo masculino e 86 do sexo feminino, existentes no Biobanco Osteológico e Tomográfico Prof. Dr. Eduardo Daruge da FOP/UNICAMP, que não apresentavam anomalias de crescimento e estão na faixa de idade de 18 a 100 anos. Teve como objetivo estudar sete medidas lineares na escápula direita (A - comprimento máximo da cavidade glenoidal, B -largura máxima da cavidade glenoidal, C - ângulo superior da escápula - ângulo inferior, D -ângulo superior - ângulo lateral da escápula, E - ângulo lateral - ângulo inferior da escápula, F - borda mais equidistante do acrômio - ângulo superior da escápula e G - comprimento do acrômio) visando verificar se as mesmas são dimórficas e construir um modelo matemático para a determinação do sexo post mortem. Os resultados indicaram que todas as medidas estudadas são dimórficas e foi possível estabelecer um modelo matemático com quatro medidas ( A - comprimento máximo da cavidade glenoidal, B - largura máxima da cavidade glenoidal, C - ângulo superior da escápula - ângulo inferior e D - ângulo superior - ângulo lateral da escápula) que permitiram índice de identificação do sexo em 88,1%.
Resumo Objetivos: realizar sete medidas lineares de 225 escápulas direitas, pertencentes ao Laboratório de Antropometria Física Forense da FOP UNICAMP, visando verificar se as mesmas são dimórficas e construir um modelo de regressão logística. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional analítico transversal de 225 ossadas da coleção osteológica da FOP/UNICAMP. Estas possuem sexo, idade, ancestralidade e causa da morte previamente conhecidas antes da morte. Não se utilizou escápulas com fraturas ou doenças. Promoveu-se a calibração inter e intra examinador com índice ICC excelente. Para a realização das sete medidas nomeadas de A, B, C, D, E, F e G (A-comprimento máximo da cavidade glenoidal, B-largura máxima da cavidade glenoidal, C-ângulo superior da escápula-ângulo inferior, D-ângulo superior-ângulo lateral da escápula, E-ângulo lateral-ângulo inferior da escápula, F-borda mais equidistante do acrômio-ângulo superior da escápula e G-comprimento do acrômio). A análise estatística foi realizada com os testes de Kolmogorov-Smirnov e Levene e teste t não pareado. Resultado e discussão: Obteve-se que todas as medidas são dimórficas e foi possível construir um logito para a determinação do sexo [Sexo =-37.89 + (0.32 × A) + (0.36 × B) + (0.077 × C) + (0.074 × D)]. O índice de acerto foi de 88,1%. Embora, não seja o osso que mais chama a atenção na cena de um crime, este é sem dúvidas um osso importante para ser estudado, pois ele em determinada etapa da vida que nos permite estimar a idade e na fase adulta nos permite estabelecer o sexo com grande precisão. Acredita-se ser possível somar este estudo aos demais ossos do corpo humano, visando fornecer dados à Justiça mais fidedignos e confiáveis. Conclusões: Foi possível concluir que a escápula permite a determinação do sexo em indivíduos adultos na população brasileira.
Resumo Estabelecer o dimorfismo sexual através de medidas lineares do osso pélvico, sacral e obtidas no crânio, em 200 ossadas existentes no Laboratório de Antropologia Física Forense Prof. Eduardo Daruge. Resultados: As medidas realizadas são dimórficas e foi possível gerar um modelo de regressão logística. O logito encontrado foi : Sexo =-21.1 + (0.45 × Diâmetro vertical do acetábulo) + (0.19 × Comprimento do forame obturado)-(0.04 × Corda da incisura isquiática maior)-(0.14 × média do básio até o forame palatino maior). Valores maiores que 0,5 (cutoff) seriam considerado como masculino e menores como feminino. Conclusão: O método obteve um índice de acerto de 85,7%. Com este resultado será possível criar software específico para se determinar o sexo em ossadas no Brasil.
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