Prevalência da hipertensão arterial na população portuguesa em contexto de férias e abordagem multivariada dos fatores de risco através do método HJ-Biplot: estudo piloto RESUMO Objetivos: Avaliar a prevalência da hipertensão arterial (HTA) na população portuguesa em contexto de férias, assim como estudar a relação dos valores tensionais com fatores de risco através do método HJ-Biplot. Tipo de estudo: Observacional, descritivo, do tipo transversal, com uma amostra não probabilística (por conveniência). Local: Vilamoura. População: Amostra de ambos os sexos com idade igual ou superior a 18 anos. Métodos: A avaliação das pressões arteriais (PA) foi realizada em Vilamoura, de 30 de julho a 5 agosto de 2017, em dois locais distintos: Praia da Falésia e Marina de Vilamoura. Foram avaliadas cerca de 1.000 pessoas, provenientes de diferentes regiões do país. A medição da PA, em mmHg, foi realizada segundo os procedimentos das Guidelines for the Management of Arterial Hypertension. Foi considerada HTA se pressão arterial sistólica (PAS) ≥ 140mmHg e/ou pressão arterial diastólica (PAD) ≥ 90mm e/ou a fazer medicação anti-hipertensiva (das diferentes classes de anti-hipertensores). Foi aplicado um questionário em suporte informático com o objetivo de recolher parâmetros antropométricos, patologias associadas e hábitos e estilos de vida. Foi garantida a proteção e confidencialidade dos dados pessoais e de saúde. Resultados: Os resultados mostraram que 33,3% da população estudada tinha HTA. De entre os indivíduos com HTA, 80,4% tinha conhecimento da sua situação de saúde e encontravam-se sob terapêutica médica anti-hipertensora, dos quais 68,6% apresentavam valores normais de TA. As diferenças observadas entre sexos e entre grupos etários na prevalência de HTA mostraram valores mais elevados no sexo masculino (M: 43,0% e F: 26,0%) e na faixa etária > 65 anos (76,2%). A interpretação multivariada (HJ-Biplot) permitiu reforçar o aumento da prevalência da HTA com alguns fatores de risco, nomeadamente o sexo, a idade, o Índice de Massa Corporal, comorbilidades (principalmente diabetes e dislipidemia) e estilo de vida, nomeadamente a atividade física e os hábitos tabágicos. Conclusões: Os resultados do presente estudo sugerem, em comparação com outros estudos na população portuguesa e mundial, a existência de uma evolução positiva na redução da prevalência de HTA, acompanhada por um aumento do seu controlo, embora existam diferenças entre subgrupos populacionais, com fatores de risco inerentes.
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