Resumo: Com a construção da rodovia BR101, no final da década de 1960, ligando os estados do Espírito Santo e Bahia, a região passou por um intenso processo de exploração da madeira nativa, seguida da ocupação por pastagens destinadas à criação de gado, até chegar aos cultivos de eucalipto, para produção de papel e celulose. O objetivo deste trabalho é apresentar os conflitos ambientais provocados pela monocultura do eucalipto, no norte do Espírito Santo e no sul da Bahia, e fazer uma reflexão sobre os problemas ocasionados pela introdução da monocultura do eucalipto para atender ao setor de celulose. Este artigo traz uma revisão bibliográfica que analisa os trabalhos de Henri Acselrad e do Observatório Social, que discutem as questões conflituosas provocadas pelo avanço da monocultura do eucalipto em comunidades quilombolas e indígenas daquela região, como também faz uma análise dos documentos disponibilizados pelas empresas de celulose que atuam nos dois estados. Os conflitos das comunidades com as empresas de celulose destacam-se tanto pela ocupação do solo, como pelo avanço da monocultura do eucalipto sobre as comunidades, realidade que tem provocado resistência desses grupos, diante da expansão da atividade naquela região.Palavras-chave: Observatório social. Quilombolas. Espírito Santo. Bahia.Abstract: The construction of the BR101 highway in the late 1960s, connecting the Brazilian States of Espírito Santo (ES) and Bahia (BA), culminated in an intense process of exploration of native wood in the region, followed by pasture areas, which were later substituted by eucalyptus plantations for cellulose and paper production. The objective of this study is to present the environmental conflicts caused by the eucalyptus monoculture in the north of ES and south of BA states. There is also a consideration about the problems caused by the introduction of eucalyptus monoculture in this area, to provide the cellulose sector. This study presents a bibliographical review that analyzes the studies of Henri Acselrad and the Social Observatory which discuss the issues caused by the advance of eucalyptus monoculture in quilombola and indigenous communities in the same area of the present study. Both also make analyses of the documents provided by the cellulose companies’ operating in this area. The conflicts between the communities and the companies involve the occupation of the soil, as well as the advance of the eucalyptus monoculture over the communities’ land, a reality that has triggered resistance movements from these groups in the face of the expansion of the industries’ activity in the region.Keywords: Social observatory. Quilombolas. Espirito Santo. Bahia.
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