Fundamento: A anemia falciforme (AF) é uma doença hereditária cujas complicações cardiovasculares são a principal causa de morte, o mesmo sendo observado em outras hemoglobinopatias. A identificação precoce dessas alterações pode modificar favoravelmente o curso da doença. Objetivo: Comparar a prevalência de complicações cardiovasculares entre indivíduos com AF e indivíduos com outras hemoglobinopatias. Métodos: Seguindo recomendações do protocolo PRISMA, realizou-se revisão sistemática da literatura com buscas nas bases de dados PubMed/Medline, associadas à busca manual. Incluídos estudos que analisaram a prevalência das alterações cardiovasculares nas hemoglobinopatias (AF, traço falciforme, hemoglobinopatia SC, alfatalassemia e betatalassemia). A qualidade metodológica dos artigos foi realizada pela escala de Newcastle-Ottawa. Resultados: Foram selecionados para análise quatro estudos, resultando em um tamanho amostral de 582 participantes: 289 portadores de AF, 133 possuem hemoglobinopatia SC, 40 com betatalassemia, 100 indivíduos saudáveis e nenhum com alfatalassemia ou traço falcêmico. Dilatação das câmaras cardíacas, hipertrofia ventricular esquerda e direita, hipertensão pulmonar, disfunção diastólica, insuficiência mitral e insuficiência tricúspide são mais prevalentes na AF do que nas demais hemoglobinopatias consideradas. A sobrecarga miocárdica de ferro é mais frequente na talassemia maior do que na AF. A função sistólica foi similar entre as hemoglobinopatias. Conclusão: Verificou-se maior comprometimento cardiovascular nos indivíduos com AF do que naqueles com as demais hemoglobinopatias, reforçando a necessidade de acompanhamento cardiovascular regular e frequente nos pacientes falcêmicos. Palavras-chave: Anemia Falciforme; Complicações Cardiovasculares na Gravidez; Hemoglobinopatias.
Every year, 250,000 children with SCA are born worldwide. 2 In Brazil, this number reaches 3,500 new cases/year. 3 being the most frequent hereditary disease in the country. 4 It is a chronic inflammatory disease permeated with acute events, with high morbidity and early mortality. 5 The pathophysiology of SCA is complex, involving changes in lipid metabolism, endothelial dysfunction, and hemolysis, in addition to a chronic inflammatory process. These mechanisms are associated with markers of disease severity.
Introdução: O dolutegravir é um antirretroviral com diversos estudos mostrando sua eficácia, segurança e tolerabilidade. Nesse cenário, o Ministério da Saúde do Brasil instituiu a nota técnica 03/2018, que recomenda a substituição (switch) de esquemas antiretrovirais em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana, estáveis e com supressão viral, para esquemas baseados em dolutegravir. Entretanto existem fatores que podem comprometer tanto a segurança quanto a eficácia dessa estratégia. Objetivo: Avaliar a resposta virológica, a taxa de eventos adversos e descontinuações após o switch para esquemas baseados em dolutegravir. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, observacional, de dados secundários, que incluiu pacientes positivos para o vírus da imunodeficiência humana acompanhados em um centro de referência da Bahia, Brasil, que realizaram switch para esquemas baseados em dolutegravir em 2018. Foram avaliadas as cargas virais do vírus da imunodeficiência humana, contagens de linfócitos T-CD4+, peso, entre outras variáveis, antes e após um ano do switch. Variáveis categóricas foram expressas em frequências absolutas e relativas, e as quantitativas em média e desvio padrão. Para análise de associação entre as variáveis categóricas, foi utilizado o teste de qui-quadrado, ou McNemar, e, para as quantitativas, teste t de Student ou teste t de Student pareado. Foram considerados estatisticamente significantes os valores de p<0,05 e de intervalo de confiança de 95%. Resultados: No total, 234 (97,5%) pacientes usaram dolutegravir após switch por pelo menos 24 semanas. Desses, 230 (98,3%) mantiveram carga viral indetectável após um ano e 211 (90,2%) apresentaram adesão superior a 80%. Observou-se aumento de 1,2±0,2 kg no peso e de 0,4±0,1 kg/m² no índice de massa corpórea (p<0,001) após o switch. Houve redução das taxas de desnutrição/eutrofismo e aumento das de sobrepeso/obesidade (p<0,01). Foram encontrados oito (3,4%) casos de interrupção do dolutegravir em razão de reações adversas. Conclusão: O switch para esquemas baseados em dolutegravir mostrou-se uma estratégia efetiva que manteve o sucesso virológico, com boas taxas de adesão e tolerabilidade.
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