As Doenças Cerebrovasculares foram responsáveis pela terceira maior causa de mortalidade no Brasil em 2021, atrás somente de COVID-19 e doenças cardiovasculares, gerando altos custos para o sistema de saúde e perda de qualidade de vida para a população. O objetivo do presente trabalho foi descrever, de forma quantitativa e qualitativa, as taxas de internação por doenças cerebrovasculares no Estado e município do Rio de Janeiro, no ano de 2021. A metodologia utilizada se tratou de um desenho de natureza observacional, do tipo transversal, com dados coletados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) e da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, com dados referentes aos meses de janeiro a dezembro de 2021. Foi encontrado um total de 101,4 internações por Doenças Cerebrovasculares por sexo a cada 100 mil habitantes no estado, enquanto o município do Rio de Janeiro apresentou um total de 74,7 internações a cada 100 mil habitantes. Quando a análise foi por grupos de faixas etárias, observou-se um perfil de crescimento à medida que a faixa etária se tornava mais elevada, com 685,2 internações a cada 100 mil, na faixa de 80 anos ou mais, no Estado, e 391,6 internações a cada 100 mil, na mesma faixa etária anterior, no município. As doenças cerebrovasculares apresentam alta morbimortalidade. Analisar o perfil de internação por essa causa específica auxilia na criação de políticas públicas de saúde voltadas para a redução dos seus efeitos na população.
A Insuficiência Cardíaca (IC) apresenta alta prevalência e incidência no Brasil, respectivamente, com 2 milhões de pacientes acometidos pela síndrome e com aproximadamente 250.000 casos novos todos os anos. Assim, o objetivo do presente trabalho é descrever, qualitativamente e quantitativamente, o perfil epidemiológico por IC no município do Rio de Janeiro no ano de 2021. Trata-se de um estudo com desenho observacional e ecológico, com análise epidemiológica e estatística descritiva, tendo como base de dados para pesquisa o Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), do Ministério da Saúde. Os filtros utilizados para a pesquisa foram município da internação, sexo e faixa etária, agrupando os pacientes conforme a maior prevalência no ano pesquisado para cada um dos filtros utilizados. Por se tratar de um estudo com dados públicos, a análise por Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) foi dispensada. Com os dados obtidos, foi observado uma taxa total de internações por IC, no município analisado, de 27,2 a cada 100.000 habitantes. Quando analisado por sexo, o sexo feminino apresentou taxa total de 23,6 a cada 100.000 habitantes, enquanto o sexo masculino apresentou taxa total de internações por IC de 31.1 a cada 100.000 habitantes. O total de internações por IC tem crescido em todo o Brasil nos últimos anos. Com os resultados, conclui-se que homens apresentam maior taxa de internações por IC no município analisado, variando conforme grupo de faixa etária. Novos estudos são necessários para melhor compreensão dos fatores etiológicos que causam maior taxa de internações por IC em homens não somente no município analisado, mas no Brasil como um todo.
O primeiro semestre de 2022 foi o período de maior quantidade de casos de COVID-19 no estado do Rio de Janeiro. Com isso, as manifestações pós-agudas da infecção por SARS-CoV-2 também seguiram a mesma tendência de crescimento.
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