Os objetivos deste ensaio foram refletir sobre os conceitos de competência profissional, gestão de competências e profissão, e indicar possibilidades de pesquisas. Após a reflexão, procedeu-se à reconceituação de competência profissional e de profissão, considerando-se aspectos que implicam uma diversidade complexa e de difícil gerenciamento em múltiplas esferas e, inevitavelmente, um redimensionamento dos processos de profissionalização de determinadas ocupações. Para pesquisas, propôs-se uma agenda que contempla aspectos metodológicos (abordagens qualitativas para dar profundidade à compreensão dos temas e das suas inter-relações, e abordagens quantitativas com vistas à extensão de conclusões e validação de modelos) e temáticos (um leque de opções contemplando profissões que se encontram em momentos diferenciados no que diz respeito ao processo de profissionalização, buscando compreender aspectos particulares e extensivos a outras demais). O cumprimento de tal agenda visa colaborar, tanto conceitual e academicamente, no sentido de precisar e expandir a delimitação dos construtos abordados, como prática e profissionalmente, para fornecer subsídios para um trânsito efetivo dos atores sociais envolvidos nos processos de profissionalização a que se tem assistido e presenciado.
Com esta pesquisa, objetivou-se compreender o trabalho operacional feminino na 8ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), um universo originalmente masculino, à luz das relações de poder e de gênero. Partiu-se do pressuposto que, apesar de a presença de mulheres na Polícia, muitas vezes, ainda reproduzir os padrões de gênero vigentes na sociedade, sua inclusão deve ser compreendida de maneira mais dinâmica, com base nas estratégias adotadas por homens e mulheres para conviverem e se posicionarem na organização. Isso pode se concretizar dependendo das relações de poder estabelecidas pelos e pelas policiais em seu cotidiano de trabalho. A metodologia utilizada foi um estudo de caso qualitativo na 8ª Região da PMMG, realizado por meio de entrevistas com dez professores que são pesquisadores especialistas sobre a Polícia Militar, 33 mulheres policiais do policiamento operacional e 18 membros de suas equipes de trabalho; pesquisa documental e observação não participante. Os dados foram examinados por análise de conteúdo e permitiram evidenciar que o trabalho das policiais do operacional da PMMG está marcado pelas relações de poder e de gênero em seu cotidiano, seus relacionamentos, na sua vida pessoal ou nas dificuldades que enfrentam no exercício de sua função.
ResumoCom o propósito de compreender aspectos subjetivos do trabalho da enfermeira-gerente, buscou-se, por meio deste estudo, analisar os traços identitários da enfermeira-gerente no contexto de instituições hospitalares a partir do questionamento fundamentado na apresentação que os sujeitos fazem de si mesmos. Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa, do qual participaram nove enfermeiras-gerente que atuam em quatro instituições hospitalares privadas de médio e grande porte, no município de Belo Horizonte. Os traços identitários foram organizados de acordo com os planos profissional, organizacional e individual, os quais abrangem: preservação e reforço de identidade social da enfermeira, a trajetória profissional como uma evolução da prática da assistência para o exercício da gerência, valorização da experiência práti-ca e permanência em atividades ligadas à prestação da assistência direta ao paciente; identificação com a organização; e questões relativas à vida privada e autoimagem positiva expressa pelas gerentes. O estudo permitiu a identificação de traços marcantes de um grupo profissional específico, evidenciando a influên-cia das questões de gênero, das relações de poder e da cultura na identidade social dos sujeitos pesquisados.
A confiança tem sido destacada como um instrumento vital para a realização de parcerias mais flexíveis e eficientes, em detrimento de instrumentos de controle coercitivo. Isso é ainda mais evidente, em campos organizacionais que trabalham com inovação e conhecimento de fronteira, como na biotecnologia. Assim, buscou-se analisar a dinâmica da confiança no processo de desenvolvimento dos relacionamentos interorganizacionais que visam à pesquisa e ao desenvolvimento de novos produtos e/ou serviços em empresas de biotecnologia de saúde humana no Brasil. A análise evidenciou a importância da confiança para a realização das parcerias, demonstrando a existência de dois domínios: das relações interorganizacionais e das relações interpessoais, com a preponderância do último em decorrência do baixo nível de institucionalização dos sistemas abstratos que fundamentam a confiança interorganizacional.
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