O presente artigo analisa as tecnologias de realidade virtual e seu papel na invenção arquitetônica, propondo uma metodologia que explore o potencial da realidade virtual enquanto instrumento de auxílio a concepção no projeto arquitetônico. O artigo utiliza a metodologia de design science research para sistematizar um procedimento de projeto utilizando a realidade virtual como ferramenta. A realidade virtual é capaz de assumir um papel de suporte ao processo, em conjunto com a representação, configurando o “centro gravitacional” do processo ao lado das atividades de gerenciamento. Desse modo, o trabalho propõe um mapeamento do processo onde a realidade virtual assume seu papel enquanto “simulacro”. Define também em que momentos ao longo da cíclica repetição dessas atividades, a realidade virtual tem maior potencial para impactar a qualidade do produto final. Conclui-se que com a utilização de ambientes imersivos, o modelo utilizado para a tomada de decisões torna-se menos limitado quanto às sensações proporcionadas pela vivência espacial. Portanto, fica claro que a realidade virtual tomada como ferramenta de auxílio ao projeto guarda o poder de alterar fortemente seu processo. A natureza dessa mudança é capaz de alinhar o foco do projeto ao foco da experiência do ambiente construído: o espaço.