Introdução: A fístula arteriovenosa (FAV) é uma comunicação direta entre uma artéria e uma veia, que pode ser de origem artificial, como no caso de acesso para hemodiálise em pacientes com doença renal crônica. As FAV são fonte de diversas complicações, uma delas a trombose, que requer tratamento anticoagulante urgente, sendo infrequente o uso da edoxabana nesses pacientes. Objetivo: Relato e discussão de caso de tratamento com edoxabada de uma trombose venosa profunda em veias axilar e braquial em membro superior esquerdo com presença de FAV prévia não funcionante em paciente com Insuficiência Renal Crônica em pós-operatório tardio de transplante renal. Descrição do caso: Paciente de 42 anos, sexo feminino, nefropata por IgA com hipertensão arterial crônica de longa data com Insuficiência Renal Crônica estágio 5, em pós-operatório tardio de transplante renal. Evolui com clearance de creatinina baixo, pela manutenção dos fatores de risco para insuficiência renal crônica, mas sem mais necessidade das sessões de hemodiálise. Paciente evolui com dor e hiperemia no local da FAV, com exame físico apresentando eritema, empastamento e dor à palpação, levando à suspeita de trombose venosa profunda. Foram solicitados exames laboratoriais e investigação por ultrassom Doppler, com diagnóstico de tromboses nas veias axilar e braquial e tromboflebite da FAV. Optado por tratamento com edoxabana, visto sua segurança em pacientes com clearance de creatinina entre 30 e 50 ml/min/1,73 m2, não possuir interação medicamentosa com tacrolimus (como a varfarina possui) e ser de fácil uso (dose uma vez ao dia). A paciente foi acompanhada mensalmente no ambulatório do Hospital Ipiranga sem complicações após tratamento. Considerações finais: O caso relatado compreende o tratamento com edoxabana de uma trombose venosa profunda em veias axilar e braquial em membro superior esquerdo com tromboflebite de uma FAV por superficialização de basílica. Embora seja um evento relativamente raro na FAV, a trombose é a complicação mais comum, e o diagnóstico é de suma importância pelo alto grau de morbidade em pacientes hospitalizados. O tratamento de escolha deve ser individualizado levando-se em consideração diversos fatores como o quadro clínico do paciente, seus fatores de risco e medicamentos em uso. A edoxabana foi a droga de escolha visto sua segurança em pacientes com baixo clearance de creatinina, não possuir interação medicamentosa com medicamentos em uso pelo paciente e ser de fácil uso. Palavras-chave: fístula arteriovenosa; inibidores do Fator xa; trombose venosa profunda; veia axilar.
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