A violência contra a mulher consiste em qualquer ato baseado no gênero, que resulte, ou que venha a resultar em dano físico, sexual, psicológico ou sofrimento para a mulher e deve ser abordada como problema de saúde, no qual é necessária a visão interdisciplinar para acompanhamento ou solução do mesmo. Trata-se de estudo ecológico de múltiplos grupos, que visa descrever o perfil sociodemográfico da violência contra a mulher a partir de notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do município do Rio de Janeiro no período de 2008 a 2017. Foram notificados 29.629 casos de violência contra as mulheres, com predominância na faixa etária de 20 a 29 anos (29,1%), pertencentes a etnia parda (35,90%) e com ensino médio completo (11,30%). Houve predomínio de violência física com 58,9% dos casos em residência da vítima (53,6%). A violência contra as mulheres constitui grave problema de saúde pública. Devido a magnitude das consequências, o seu enfrentamento é desafiador, sendo necessário atuação interprofissional e intersetorial, planejamento, aplicabilidade e avaliação das políticas públicas.
Objetivo: descrever o perfil da mortalidade por doenças do aparelho circulatório no município do Rio de Janeiro/RJ de 2010 a 2014. Metodologia: trata-se de estudo descritivo, ecológico, documental e retrospectivo realizado com dados do sistema de informação em mortalidade, segundo gênero, faixa etária, cor/etnia, grau de escolaridade, estado civil, local e ano de ocorrência dos óbitos no período de 2010 a 2014, anos disponíveis para análise na data de coleta. Resultados: foram registrados 187.029 óbitos por doenças do aparelho circulatório, no estado do Rio de Janeiro (que possui 92 municípios no total) e, na capital do estado, foram registrados 76.684, correspondendo a 40% dos óbitos. Com relação ao gênero, o maior número de óbitos ocorreu no feminino (51,6%). O ano de 2010 evidenciou a maior taxa de mortalidade geral (851,9 óbitos para cada 100.000 habitantes) e 2012 teve a menor mortalidade proporcional (238,3 a cada 100.000 habitantes). Dentre as doenças do aparelho circulatório, as principais causas específicas de mortalidade incluem infarto agudo do miocárdio (26,6%), acidente vascular cerebral (10,1%) e hipertensão essencial (9,4%). Conclusão: mesmo com o declínio das taxas de mortalidade por doenças circulatórias, o número absoluto desses óbitos ainda é elevado. Sendo assim, há necessidade de efetivação de políticas públicas de saúde com ênfase na prevenção de novos casos de doenças circulatórias. Estímulo à promoção da saúde, de modo que haja envolvimento entre gestores, profissionais de saúde e usuários do SUS.
Objetivo: descrever possíveis falhas de cuidado de enfermagem relacionadas ao trabalhador acometido pela síndrome de burnout (SB). Método: estudo descritivo e exploratório que utilizou a revisão integrativa de literatura como fonte de informações, em ambiente virtual na Biblioteca Virtual de Saúde, com as bases Lilacs e Pubmed e a biblioteca virtual Scielo, em obras de diferentes nações. Resultados: a síndrome é desenvolvida em resposta a fontes crônicas de estresse emocional e interpessoal no trabalho. Caracteriza-se por cansaço emocional, despersonificação e baixa realização pessoal. Emergiram quatro categorias da análise textual: implicações e fatores relacionados à gênese; a despersonificacão e o afastamento do cuidado ao paciente; possíveis prejuízos à segurança do paciente; possível diminuição na qualidade do cuidado; e, risco à saúde mental e qualidade de vida do trabalhador. Conclusão: SB pode gerar prejuízos aos cuidados prestados aos pacientes, especialmente nos setores fechados. A despersonificação pode levar o profissional a se tornar frio, afastando-o da essência da enfermagem, o cuidado. É necessário adotar medidas preventivas e controle de doenças relacionadas ao estresse laboral.
Objetivo: apresentar as representações sociais do envelhecimento no mundo do trabalho para o profissional de enfermagem adulto e idoso. Método: pesquisa com abordagem qualitativa pautada nas representações sociais. Participaram 36 profissionais de enfermagem, com idade entre 27 e 67 anos, de ambos os sexos, de um hospital universitário localizado no Estado do Rio de Janeiro. Utilizou-se a entrevista semidiretiva para coleta de dados e o software Alceste 4.9 para processar o material transcrito para análise dos dados. Resultados: o programa apresentou uma categoria específica para a aposentadoria do profissional de enfermagem como representação social da velhice. Essa representação da velhice interfere na atitude ou decisão de se aposentar ou não. Conclusão: o profissional de enfermagem está pouco preparado para enfrentar o momento da aposentadoria e que os gestores precisam atentar para esta realidade.
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