A cachaça é uma bebida originalmente do Brasil e exclusiva da cana-de-açúcar com produção importante no estado de Minas Gerais, sendo que além de gerar renda para o país representa um artefato cultural, especialmente na região do vale do rio Itacarambi. Diante dessa importância, objetivou-se com este estudo analisar aspectos de qualidade de cachaças produzidas por três diferentes alambiques da região e obter informações a respeito do uso de raízes que são adicionadas nessas bebidas pelos povos locais. Para isso, analisou-se físico-quimicamente as cachaças quanto ao grau alcóolico, densidade, acidez volátil, teores de cobre, ferro, álcool metílico e furfural. E utilizando-se do método bola de neve foram consultadas pessoas sobre uso das raízes que são adicionadas na bebida. Dos alambiques analisados apenas um apresentou inconformidade no requisito grau alcoólico, as demais amostras estavam dentro dos padrões exigidos pela legislação vigente. Em relação às raízes adicionadas constatou-se que pelo menos dez tipos distintos podem ser destacados e mais de 50% das mesmas são adicionas para alterações sensórias. Apesar de serem alambiques pequenos a maioria das amostras demonstrou atender aos parâmetros analisados de acordo com o que a legislação determina. Com relação ao uso de plantas agregando valor à bebida constatou-se que, a prática realmente ocorre e que na maioria das vezes está relacionada à aspectos sensoriais ou medicinais, sendo que dez plantas puderam ser destacadas nas condições deste estudo.
A reprodução canina e o consequente crescimento populacional vêm aumentando e com eles uma série de doenças infecciosas relacionadas, principalmente no período pós-parto. Com a infecção já instalada, os antimicrobianos são a primeira escolha de tratamento, porém o uso indiscriminado contribui para a resistência bacteriana. Como alternativa, a utilização de aditivos prebióticos é cada vez mais comum por sua eficácia no incremento de resposta imune local e sistêmica e na profilaxia de infecções. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia da adição de prebiótico na modulação da resposta imune após o parto em cadelas. Para tanto foram avaliados parâmetros hematológicos, citológicos vaginais e produção de anticorpos específicos. Para tal, oito cadelas prenhes foram submetidas ou não à suplementação com prebiótico a partir do 30º dia de gestação. As coletas das amostras ocorreram até o quarto mês após o parto, consideradas a partir das primeiras 48h, seguindo intervalos de 7,15 e 30 dias. Foi observada anemia discreta somente nas primeiras semanas, e sem alterações na série branca em ambos os grupos. Na citologia vaginal, ocorreram variações de leucócitos e bactérias, porém com maior presença de bactérias nos animais do grupo controle. Foi possível observar o desenvolvimento de resposta imunológica pela produção de anticorpos frente à imunização nos dois grupos, porém com intensidade maior no grupo controle. Dessa maneira, conclui-se que a adição do prebiótico promove modulação positiva no sistema imune das cadelas no pós-parto.
A atrofia muscular espinhal do tipo 1 é uma doença neurodegenerativa, causada por uma deleção ou mutação do gene SMN1. Existe atualmente no Brasil apenas um medicamento aprovado para seu tratamento, que é o nusinersen. O presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica para demonstrar a eficácia do nusinersen no tratamento da atrofia muscular espinhal do tipo1. Assim como, discorrer sobre os estudos clínicos realizados e os avanços do tratamento no ganho de marco motor, função motora, uso de ventilação mecânica e segurança do tratamento. No grupo nusinersen, 22% dos bebês alcançaram o controle total da cabeça, 10% conseguiram rolar, 8% conseguiram sentar-se independentemente e 1% conseguiu ficar em pé; no grupo de controle, nenhum bebê atingiu esses marcos. Em relação a função motora, foi usada a escala CHOP -INTEND, que mostrou uma pontuação maior que 40, foi observado em nenhum dos 13 bebês com duas cópias do gene no início do estudo e aumentou para sete dos 13 participantes na última visita no grupo de 12 mg. No geral, o risco de morte ou o uso de ventilação assistida permanente foi 47% menor no grupo nusinersen do que no grupo controle. O uso do nusinersen se mostrou eficaz no ganho de marcos motores e uso de ventilação assistida e até mesmo numa sobrevida maior. Entretanto, ele fica atado ao início dos sintomas e a quantidade de cópias de gene SMN2. Quanto a força motora necessita-se de mais estudos do uso de nusinersen no retorno da força muscular.
A Atrofia muscular espinal (AME) é uma hipotonia muscular de causa genética que pode ser rastreada por meio da triagem neonatal. O Rastreio da doença passou a ser recomendado em 2019 pelo Painel Americano de Doenças Rastreáveis na Infância, por esse motivo esse trabalho busca dados na literatura científica sobre a atrofia muscular espinal e seu rastreio na triagem neonatal. Para a pesquisa foi utilizada a base de dados BVS, American Academy of Pediatrics e PubMed sendo ao todo 26 selecionados. Foram encontrados 4 países com projeto piloto de rastreio da AME, os quais utilizaram o teste qPCR para a triagem. As crianças assintomáticas que foram diagnosticas com AME pelo teste genético e que iniciaram tratamento no máximo 2 meses de vida obtiveram desenvolvimento neuropsicomotor adequado para idade, foram capazes de sentar e andar. Com base nisso, concluímos que o rastreio precoce da AME e o início do tratamento precoce são capazes de modificar a história natural da doença e dar oportunidade às crianças com essa doença de terem um desenvolvimento motor adequado para a idade.
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