RESUMO -A crescente necessidade por combustíveis alternativos faz com que sejam necessárias pesquisas sobre novas fontes energéticas eficientes e não agressivas ao meio ambiente. Neste cenário, as microalgas têm se apresentado como uma alternativa para a produção de biodiesel. Em virtude disso, torna-se imprescindível a utilização de um método de quantificação lipídica microalgal que seja rápido e confiável. Visando essa necessidade, estudou-se o desenvolvimento de uma metodologia de quantificação lipídica baseada na técnica de Espectroscopia Fluorescente 2D. Modelos quimiométricos foram propostos e calibrados usando soluções de azeite em acetona, medidas de EF2D e seleção multivariável PSCM. Modelos multilineares de oito pares de fluorescência apresentaram os melhores resultados na caracterização de lipídios, passando para teste em cultivos reais de microalgas em diferentes porcentagens de vinhaça (0%, 8,1%, 20% e 31,9%). A aplicação direta do método não apresentou resultados quantitativos aceitáveis (menor erro de medida na ordem de 7%), entretanto a tendência foi capturada de forma satisfatória, indicando a viabilidade da técnica proposta. INTRODUÇÃOA cada ano o consumo de derivados do petróleo, como gasolina e diesel, e do álcool proveniente da cana de açúcar ou milho, tende a subir, visto o aumento da frota de veículos e da expansão econômica que impulsiona a produtividade do setor industrial. Portanto, torna-se imprescindível a busca de fontes energéticas renováveis que sejam menos agressivas ao meio ambiente e que, juntamente, apresentem rentabilidade econômica.Área temática: Processos Biotecnológicos 1
RESUMO -Lipídios a partir de microalgas têm atraído a atenção de pesquisadores para produção de biocombustíveis. Vários métodos para a quantificação de lipídios neutros, tais como extração com solvente, requerem um grande volume de amostra e tempo. Neste trabalho, Vermelho de Nilo foi utilizado para avaliar o teor de lipídios em microalgas associado à espectroscopia de fluorescência 2D. O cultivo de microalgas foi realizado durante 10 dias com coleta de amostras a partir do 5° dia de cultivo. O método padrão utilizado para extração de lipídios foi Bright & Dyer. A análise utilizada para caracterização com fluorescência consiste em diluir a amostra em etanol (40°C, 10min), e adicionar solução de Vermelho do Nilo (10 μg/ml em Etanol). Os resultados da quantificação apresentaram R² de 0,96, usando modelos lineares selecionados de acordo com a metodologia PSCM. A metodologia proposta apresentou resultados satisfatórios, permitindo medições rápidas e robustas em menos de 15 min. INTRODUÇÃOO uso contínuo de combustíveis derivados do petróleo é amplamente reconhecido como insustentável devido ao esgotamento das reservas e à contribuição desses combustíveis para o acúmulo de dióxido de carbono no ambiente. A biomassa de microalga é um excelente candidato como matéria-prima para produção de biodiesel, principalmente devido à alta produtividade, se comparada com matérias-primas convencionais como oleaginosas, gordura animal e óleos usados (Chisti, 2007). Muitas espécies de microalgas apresentam crescimento rápido e produzem diversos tipos de lipídios, triglicerídeos e diglicerídios, fosfolipídios e glicolipídeos, hidrocarbonetos e outros (Hu et al., 2008;Han et al., 2011).Definir o momento correto para a extração de lipídios a partir de um cultivo é um ponto importante para a otimização do processo, sendo assim necessário o acompanhamento da evolução da concentração de lipídios no decorrer do cultivo. Existem vários métodos para a determinação do teor de lipídios em microalgas. Alguns desses métodos são: cromatografia em camada fina (TLC), HPLC, cromatografia gasosa (GC/MS), cromatografia líquida (LC/MS) e o gravimétrico. O método mais utilizado é o gravimétrico que compreende a extração usando solventes (normalmente orgânicos ou clorados, tais como o hexano ou o clorofórmio) de uma quantidade conhecida de biomassa seca. A maior desvantagem desse método é a necessidade do uso de quantidades relativamente grandes de Área temática: Processos Biotecnológicos 1
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