Os rios neotropicais sofrem os efeitos das ações humanas. Medidas conservacionistas, pela escassez de estudos na região e do conhecimento límnico, baseiam-se em dados referentes a outras regiões, sendo muitas vezes ineficazes pela inobservância das diferenças nas respostas das comunidades aquáticas às variáveis ambientais em escalas distintas. Este estudo teve como objetivos: conhecer a riqueza de insetos aquáticos em uma bacia neotropical; verificar qual a influência das variáveis ambientais na distribuição das famílias de insetos aquáticos em quatro tributários dessa bacia e observar se o padrão de distribuição das famílias de insetos aquáticos varia entre as ordens dos rios ou entre microbacias, de acordo com a influência de variáveis ambientais e espaciais. Foi encontrado um total de 9.135 indivíduos distribuídos em 26 famílias de macroinvertebrados. A estrutura das comunidades foi distinta entre as microbacias. As famílias de insetos aquáticos foram influenciadas pelas variáveis ambientais e espaciais diferentes em cada microbacia.
A diversidade de larvas de odonata em sistemas lóticos de dois trechos (encosta e planície) da bacia do Rio Ibicuí, Rio Grande do Sul, Brasil, foi inventariada nos anos de 2009 e 2010. Foram coletados 964 espécimes pertencentes a 34 gêneros distribuídos em sete famílias. Libellulidae foi a família mais rica com 14 gêneros e Gomphidae foi a mais abundante com 410 espécimes coletados. Três gêneros (Agriogomphus, Cacoides e Mnesarete) são novos registros para o estado do Rio Grande do Sul. Os gêneros dominantes e mais frequentes foram Progomphus, Hetaerina e Argia. Não foi encontrada diferença significativa de riqueza de gêneros entre os dois trechos estudados da bacia, mas uma diferença de frequência de ocorrência de alguns gêneros foi registrada. Essa diferença deve-se à distinção de características do substrato entre os trechos, que promoveram uma predominância de gêneros da família Gomphidae, em especial no trecho arenoso da planície.
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