ResumoEste artigo tem como objetivo central apresentar os processos de memória de maneira didática, proporcionando aos alunos e futuros pesquisadores um primeiro contato satisfatório com o tema. Já há algum tempo, tem sido observada a ocorrência de confusões conceituais e metodológicas no campo da neurociência cognitiva, tanto em relação à memória quanto em relação às outras funções psicológicas básicas. Neste ensaio, alguns conceitos principais são esclarecidos. É apresentada uma classifi cação fenomenológica da memória, a qual inclui a memória sensorial, a memória de trabalho e as memórias de curta duração e de longa duração. Também são explicados os processos de consolidação e evocação das memórias, evidenciando os mecanismos biológicos envolvidos nestes processos. Palavras-chave: Memória, cognição, neurociências. AbstractThis paper aims to present the memory processes in a didactic manner, providing students and future researchers with a fi rst contact with this subject. For a long time, we have observed the occurrence of conceptual and methodological confusion in the fi eld of cognitive neuroscience, regarding memory and other basic psychological functions. In this essay, some key concepts are clarifi ed. A phenomenological classifi cation of memory is presented, which includes sensory memory, working memory and long term memories. Memory consolidation and retrieval processes are also explained, appraising the biological background involved in these processes. Keywords: Memory, cognition, neurosciences. * Endereço para correspondência: Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fisiologia, Campus Universitário, São Pedro, Juiz de Fora, MG, Brasil 36036-900. E--mail: camouraojr@gmail.com O presente artigo tem como objetivo central apresentar os processos de memória de maneira didática, proporcionando aos alunos e futuros pesquisadores um primeiro contato satisfatório com o tema. O texto é destinado, sobretudo, a iniciantes no assunto, mas esperamos que também seja útil aos já iniciados. Apesar de não se tratar de um texto técnico e especializado, não deixaremos de lado o rigor metodológico e conceitual.Percebemos certa carência de textos curtos de revisão sobre o tema, que permitam aos interessados em estudar a memória uma visão panorâmica sobre o assunto. Já há algum tempo, temos observado a ocorrência de confusões conceituais e metodológicas no campo da neurociência cognitiva, tanto em relação à memória quanto em relação às outras funções psicológicas básicas. Tentaremos, neste ensaio, sistematizar e esclarecer alguns conceitos. Não serão colocadas citações ao longo do texto a fi m de facilitar a fl uidez da leitura, exceto se apresentarmos dados de outros estudos.Por fi m, é importante deixar claro que a separação das funções psicológicas se dá apenas no nível teórico para atender a fi ns didáticos. No entanto, essa separação é artifi cial, pois as funções psicológicas não atuam separadamente umas das outras. No processo de memorização, por exemplo, há outras f...
Nos últimos anos, um novo paradigma em saúde mental vem se consolidando, impulsionado por novas formas de compreender e intervir sobre os processos de saúde. Uma perspectiva mais abrangente, contextualizada e focada nos processos de saúde ganha força, em detrimento de uma abordagem reducionista, institucionalizante e que enfatizava a doença. Nesse contexto, as práticas de promoção e prevenção em saúde mental ganham espaço, as quais objetivam potencializar a saúde psicológica e evitar o surgimento de problemas a ela associados. Assim, este trabalho pretendeu discutir quais as implicações educacionais deste novo paradigma no que diz respeito à saúde mental de crianças e adolescentes. Inicialmente, traça-se um histórico da atenção à saúde mental infantil no Brasil, evidenciando um longo período de descaso e marginalização em relação a essa população. Posteriormente, são discutidos os pressupostos que fundamentam as ações de promoção e prevenção em saúde mental e o papel da escola nesses processos. Finalmente, são discutidos alguns estudos de revisão sobre a implementação de programas de prevenção e promoção em contexto escolar. Acredita-se que a construção de estratégias destinadas à promoção de saúde mental configura-se como um desafio atual, sobretudo, no contexto educacional.
Resumo O presente artigo visa ofertar subsídios para a continuação da implementação dos pressupostos da Reforma Psiquiátrica (RP) brasileira no campo da Saúde Mental (SM), circunscrito ao atual momento de anti ou contrarreforma psiquiátrica e seus retrocessos. Ao mesmo tempo, sinalizaremos horizontes ético-políticos para o campo, de modo a possibilitar uma leitura mais abrangente da conjuntura em que vivemos e perspectivas contextualizadas de ação, mobilização e transformação social. Ancorados em predicados da tradição marxista (ou em diálogo com ela), primeiramente, esboçamos uma breve análise conjuntural, enfatizando os principais desafios que perpassam a SM e RP brasileiras; posteriormente, apontamos algumas saídas e possibilidades para o campo; e, finalmente, discutimos a necessidade de submeter a Reforma e seus avanços a um novo projeto de sociabilidade, de onde seja possível estabelecer novas formas de relacionamento não só com a loucura e a saúde mental, mas também entre todos os seres humanos. Dessa forma, acreditamos ser possível o resgate da radicalidade da RP brasileira, bem como a retomada de seu caráter revolucionário, visualizando caminhos e horizontes possíveis frente à atual neblina que turva nossas visões.
O presente capítulo tem como objetivo problematizar algumas nuances envolvidas no trabalho da Psicologia com famílias de crianças, adolescentes e jovens em situação de acolhimento institucional. Ampara-se, portanto, em estudos sobre a constituição da pobreza e dos modos de subjetivação atrelados a esse processo, além das articulações teóricas com o contexto de implementação da Política Nacional de Assistência Social. Contudo, para além de um caminho teórico já amplamente discutido, lançou-se mão de uma aposta ético-política de reflexão crítica e implicada sobre cenas cotidianas vivenciadas pelas/os profissionais. A partir de uma inspiração cartográfica, foram elencados recortes de cenas do trabalho de uma das autoras como psicóloga de um Serviço de Acolhimento Institucional em uma cidade de Minas Gerais, que abriram espaço para a discussão de três principais pontos: a) a temporalidade como característica fundamental do trabalho no acolhimento institucional; b) a ruptura dos laços familiares agenciada pelo acolhimento institucional; c) a relação que as famílias estabelecem com o acolhimento institucional, atravessadas por concepções racistas e sexistas. Resultam-se desse capítulo argumentações que intentam uma condução dialética das análises sobre os processos de trabalho, com ênfase na construção de uma práxis psicológica que enseje rupturas com modelos normatizadores, silenciadores, opressores, racistas e sexistas de atuação.
O objetivo do presente trabalho é apresentar de maneira didática o aprendizado, como um processo psicológico básico de extrema importância para todos os animais. Perceberemos que o aprendizado exerce uma importância influência sobre nosso comportamento e é surpreendentemente útil para a sobrevivência dos animais. Serão apresentados as duas formas de aprendizado não associativo (habituação e sensibilização) e as duas formas de aprendizado associativo (condicionamento clássico e condicionamento operante). Serão explicados alguns experimentos clássicos na área. Por fim, este é um tema de grande importância para psicólogos e psicoterapeutas, uma vez que compreender os mecanismos do aprendizado nos ajuda a entender melhor distúrbios comportamentais como a síndrome de estresse pós-traumático e a dependência química, por exemplo. Além disso o tema apresenta grande relevância para a área de educação.
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