Os conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas medicinais refletem uma importante prática sociocultural das comunidades, assim como o conhecimento sobre espécies potencialmente tóxicas. Os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) caracterizam-se por possuir vivências, saberes e práticas culturais variadas, as quais podem contribuir tanto com o resgate dos saberes tradicionais de comunidades como com a valorização dos conhecimentos prévios dos alunos, característica fundamental dentro dos preceitos da EJA. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar o resgate dos saberes de alunos da Educação de Jovens e Adultos sobre plantas medicinais e tóxicas, comparando-os com os conhecimentos científicos existentes e estimulando a valorização dos saberes oriundos das vivências pessoais. Utilizou-se uma abordagem quali-quantitativa, a partir de um estudo de caso com a totalidade dos estudantes da EJA de uma escola municipal. Foi possível observar que os conhecimentos populares dos educandos estavam em acordo com os conhecimentos científicos. Além de contribuir no resgate destes saberes, os educandos demonstraram entusiasmo em socializar seus conhecimentos e sentiram-se valorizados ao perceber que seus conhecimentos estavam em acordo com as informações científicas.