<p>A etnobotânica é uma área de pesquisa científica multidisciplinar, que tem o intuito de resgatar conhecimentos empíricos de pessoas para com o uso de vegetais em geral. Ainda hoje, o uso de plantas medicinais é uma importante alternativa, não só por resgatar o patrimônio natural e cultural, como também por estimular a população para um maior aproveitamento dos recursos terapêuticos de origem natural. A família Myrtaceae é constituída atualmente por cerca de 150 gêneros e 4630 espécies, encontram-se especialmente distribuídas em regiões tropicais e subtropicais. No entanto, estudos de resgate empírico desta família são raros ou escassos em municípios de pequeno porte, como em Sete de Setembro, por exemplo. Dessa forma, objetivou-se resgatar o conhecimento etnobotânico de moradores, do município de Sete de Setembro, a cerca da família botânica Myrtaceae. Os dados foram coletados de agosto a novembro de 2016, através de entrevistas informais. Ao total foram entrevistados 60 informantes, 30 para zona rural e 30 para a zona urbana. Utilizou-se a técnica de “bola de neve” e “chefe de família”. Foram relatados pelos entrevistados quatro espécies de plantas utilizadas da família Myrtaceae, a <em>Eugenia uniflora</em> L. (Pitangueira), <em>Psidium guajava</em> L. (Goiabeira), <em>Syzyum jambolanum</em> DC (Jambolão) e o <em>Eucalyptus </em>spp. (Eucalipto). O órgão vegetal mais usado das plantas medicinais catalogadas foram as folhas, sendo as mesmas utilizadas na forma de chás.</p>
A arborização viária é essencial na composição da vegetação urbana, desempenhando importante papel na manutenção das cidades. Assim, o trabalho objetivou descrever a arborização urbana por meio de um inventário quali e quantitativo das espécies arbóreas e arbustivas em duas avenidas de Santa Rosa/RS, do tipo censo, através de observação direta e registro fotográfico. Para a identificação das espécies botânicas coletadas foi utilizada literatura especializada. Para descrever cada indivíduo qualitativamente foram observados a condição fitossanitária, o desenvolvimento do sistema radicular, em relação a calçada e o desenvolvimento da copa relacionadas a rede elétrica. O inventário resultou em 433 indivíduos, distribuídos em 58 espécies e 30 famílias. As famílias com maior número de espécies foram: Fabaceae (74), Bignoniaceae (53), Myrtaceae (30), e Arecaceae (28). A espécie mais frequente foi a Lagerstroemia indica L. (9,9%). A maioria das plantas (97,2%) encontra-se em estado fitossanitário bom e regular, sendo que apenas 2,8% estão em condição ruim. Os resultados revelam que as vias de Santa Rosa possuem diversas espécies vegetais, havendo predominância de espécies exóticas em relação às nativas, porém, muitas delas são cultivadas em locais inadequados para o seu porte, devido à presença de rede elétrica e/ou calçadas.
A crescente expansão urbana vem interferindo significativamente na distribuição de áreas verdes nas cidades; essas têm a função de aprimorar a saúde, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Objetivo: caracterizar as áreas verdes existentes na zona urbana do município e identificar potencialidades, enquanto ambiente para promoção da saúde. Método: estudo quali-quantitativo e descritivo, realizado na cidade de Santo Ângelo/RS. Foram caracterizadas cada uma das áreas verdes públicas urbanas (praças) existentes no município, através de levantamento da vegetação arbórea, além de investigar a existência de plantas medicinais. Para a classificação dos vegetais, foram utilizadas bibliografias já existentes. Quanto à constatação das plantas autorizadas pelo SUS, realizou-se uma busca no site da Secretaria Nacional da Saúde, para a posterior verificação. Resultados e Considerações Finais: constatou-se que, na cidade de Santo Ângelo/RS, existem 8 (oito) áreas verdes públicas, onde observou-se a existência de um número menor de espécies nativas em relação às exóticas. O número total de espécies existentes em cada praça varia de 14 a 26; para as espécies nativas, este número encontra-se entre 4 a 15, enquanto que para as espécies exóticas oscila de 8 a 14. Ainda foram encontradas diversas espécies arbóreas que apresentam potencial medicinal, sendo estes os mais variados. Dentre as 58 espécies encontradas algumas estão citadas na lista de plantas medicinais de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS), como é o caso da Bahuinia Variegata, Eugenia uniflora, Persea americana e Psidium guajava, que auxiliam na promoção da saúde.
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