Este artigo visa definir a Didática da História de acordo com a atual bibliografia alemã, que a considera mais próxima da História do que da Educação. Associada à palavra Geschichtsdidaktik, essa definição se opõe aos conceitos de Didática da História como a arte de ensinar - Lehrkunst - História ou como uma coleção de métodos utilizáveis tanto no ensino de História quanto no de outras disciplinas escolares - Unterrichtsmethoden. Em oposição a essas duas definições, este artigo dialoga com as bibliografias alemã, francesa e brasileira para propor uma concepção de Didática da História como uma subárea da História, uma vez que ela não trata apenas da História escolar, mas de todas as elaborações da História sem forma científica - nicht-wissenschaftsförmigen Geschichtsverarbeitungen.
Esse texto oferece uma reflexão teórica sobre os efeitos da inteligência artificial e do universo digital no ofício do historiador. A reflexão é baseada em um conjunto de experimentos relacionados com o desenvolvimento de um “historiador cibernético”, lidando com hipóteses tais como, robôs criando narrativas históricas e dominando métodos de análise qualitativa e quantitativa. Para isso, apresentamos nossa tecnologia própria em fase de desenvolvimento, problematizando as etapas para a criação de um "robô” historiador. O termo “robô" (ou “bot”) é entendido como um programa computacional que executa tarefas de forma quase inteiramente autônoma, sem qualquer relação com o usuário humano. Por sua vez, estas tarefas são complementadas por um sistema de inteligência artificial. Essa realidade emergente nos projeto em questões urgentes sobre transparência e ética no mundo digital, e pode ser uma poderosa ferramenta para problematizar o futuro da história no mundo contemporâneo. Corrigendum publicado em 28 de abril de 2019.1. Ambos os autores contribuiram igualmente para este trabalho.2. A propriedade do algoritmo utilizado na obtenção dos dados deste artigo pertence a Oldimar Cardoso.
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