Os solos antropogênicos são o resultado da modificação ou formação de aspectos físicos, químicos e morfológicos a partir da ação humana (antropogênese), especificamente na época Antropoceno, sobre solos ou ambientes naturais, seja adicionando ou retirando materiais na superfície terrestre, formando pedons ou corpos tridimensionais artificiais. Estes solos possuem uma diversidade de fatores na sua formação, entre os quais o período de tempo da sua formação, o tipo de alteração na constituição química, principalmente a adição de materiais orgânicos e inorgânicos e nas propriedades físicas e morfológicas, tais como textura, compactação, decapeamento e cor. A análise e estudos destes solos ainda podem ser consideradas complexas, em função principalmente das variáveis envolvidas e do material atualmente disponível para seu estudo. Neste contexto, existe uma forte discussão a nível acadêmico sobre a conceituação dos solos formados pela ação humana e principalmente a distinção destes. Desse modo, este artigo tem como base realizar um levantamento e discussão sobre os conceitos e características referentes aos três principais tipos de solos antropogênicos existentes no território brasileiro: arqueoantrossolos (Terra Preta de Índio e Sambaquis), antropossolos e solos urbanos. Portanto, o objetivo é realizar uma revisão, discussão e distinção para o conceito, e as características vigentes de cada tipo de solo antropogênico, abordando as principais e mais observadas características físicas, químicas e morfológicas detectadas em estudos voltados para estes tipos de solos.Palavras-Chave: Antropogênese, arqueoantrossolos, antropossolos e solos urbanos. Anthropogenic Soils: soils resulting from human action in perspective to the AnthropoceneA B S T R A C TAnthropogenic Soils are the result of the transformation or formation of physical, chemical and morphological aspects from the human action (anthropogenesis), specifically in the Anthropocene epoch, over soils or natural environments, either by adding or removing materials on the earth's surface, forming pedons or three-dimensional artificial bodies. These soils have a diversity of factors in their formation, such as the time of their formation, the type of alteration in the chemical constitution, mainly the addition of organic and inorganic materials and the physical and morphological properties, such as texture, compaction, tailing disposal and color. The analysis and studies of these soils can still be considered complex, mainly due to the variables involved and the material currently available for their study. In this context, there is a strong discussion at the academic level about the conceptualization of the soils formed by human action and especially the distinction of these. Thus, this article is based on a survey and discussion about the concepts and characteristics of the three main types of anthropogenic soils existing in Brazil: arqueo-anthrosols (Amazonian Dark Earth and Sambaquis/shell middens), anthrosols and urban soils. Therefore, the objective is to perform a review, discussion and distinction for the concept, and the current characteristics of each type of anthropogenic soil, addressing the main and most observed physical, chemical and morphological characteristics detected in studies aimed at these types of soils.Key-words: Anthropogenesis, arqueo-anthrosols, anthrosolos and urban soils.
Vitória tem tendência a desenvolver processos de escorregamentos translacionais, dadas as características climáticas e de relevo que possui. O modelo SHALSTAB foi utilizado, considerando a coesão dos solos, para avaliar a suscetibilidade a escorregamentos translacionais na bacia de drenagem de Fradinhos, localizada no Maciço Central de Vitória. A parametrização foi feita através de coleta de amostras de solo em três pontos distintos da bacia e realização de ensaios de cisalhamento direto, permeabilidade de carga variável e granulometria. Os solos amostrados têm características de Argissolos desenvolvidos a partir de colúvio, Latossolos e Cambissolos, com associação a declividade. Cerca de 95% da bacia foi modelada como de baixa instabilidade (log Q/T > -2,2), sendo áreas de caráter retilíneo e divergente, com declividade variável. Existe forte associação das áreas instáveis às drenagens, concavidades e zonas de alta declividade. A modelagem com resultados em chuva crítica, que considera a transmissividade hidráulica em sua formulação, tem as zonas de maior instabilidade (com potencial de iniciação de escorregamentos com menos de 2,5mm de chuva) associadas às convergências de drenagem e altas declividades. Ao redor do ponto de solo câmbico, com menor condutividade hidráulica e espessura do solo, a tendência a iniciação de escorregamentos com menor índice pluviométrico é maior. Ao redor do argissosolo formado a partir de colúvio, a chuva crítica para iniciação de escorregamento é maior, com exceção de zonas de alta convergência de fluxos e declividade. O modelo SHASTAB foi uma ferramenta eficiente para a geração de cenários críticos de suscetibilidade a escorregamentos rasos na bacia de Fradinhosm com maior propensão nas encostas côncavas e mais inclinadas.
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