Este estudo visou investigar fatores sociais e pessoais que possam servir como proteção a adolescentes e jovens em situação de risco social e pessoal. Os participantes foram 852 adolescentes e jovens, cursando o ensino médio em escolas públicas do Distrito Federal, com idade entre 13 e 27 anos, que responderam a um questionário com 109 questões sobre risco e proteção em seu desenvolvimento. Os resultados enfocam as redes de proteção (família, escola, amigos) e os fatores pessoais (auto-estima, religiosidade-espiritualidade). Os adolescentes e jovens apresentam processos de resiliência global (social, emocional e acadêmica), evidenciando a confiança em si mesmos e na rede composta por escola, família e amigos. A análise dos dados enfatiza a compreensão contextual da adolescência e juventude no Brasil e a necessidade de implementação de políticas públicas para essas populações que permitam o exercício e a significação de suas experiências positivas e protetivas.
Este estudo apresenta resultados de uma pesquisa descritiva da observação de atividades cotidianas de vinte crianças em situação de rua da área central de Porto Alegre, Brasil. Os dados foram coletados através de uma metodologia observacional elaborada especificamente para utilização em pesquisas no contexto da rua, associada a uma entrevista estruturada para obtenção de dados bio-sócio-demográficos. Os resultados revelam que as crianças utilizam o espaço da rua para diversas atividades, incluindo tarefas que garantem a subsistência pessoal e, às vezes, da família. Foram também observadas brincadeiras solitárias ou em grupo, demonstrando que embora estejam em atividade de trabalho, continuam sendo crianças em desenvolvimento. A discussão dos dados, baseada na Teoria dos Sistemas Ecológicos, salienta a importância de estudos que descrevam os aspectos saudáveis que meninos e meninas em situação de rua podem apresentar neste ambiente. Alternativas de intervenção nesta situação devem enfatizar a participação comunitária e da sociedade civil na efetivação de propostas de apoio sócio-afetivo para estas crianças e suas famílias.
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