CONTEXTO: A presença de refluxo nas junções safeno-femoral e safeno-poplítea é um dado importante para programação da cirurgia de varizes. Estudos mostraram que, na maioria dos pacientes com insuficiência venosa crônica, as junções estão competentes, e o refluxo está presente ao longo do trajeto das veias safenas. OBJETIVOS: Identificar probabilidade de diferentes padrões de refluxo nas veias safenas de mulheres com vários graus de insuficiência venosa crônica e avaliar se o comprometimento das junções das safenas está associado com gravidade da insuficiência venosa. MÉTODOS: Um total de 1.184 membros inferiores de 672 mulheres foram estudados pela ultra-sonografia vascular com Doppler colorido e avaliados pela classificação clínica, etiológica, anatômica e patológica (CEAP). As extremidades foram agrupadas de acordo com a gravidade da insuficiência venosa em graus leve (CEAP C1-C2), moderado (CEAP C3) e grave (CEAP C4-C6). Para avaliar a classificação clínica CEAP na predição do padrão de refluxo, utilizou-se o Teorema de Bayers. Para avaliar associação entre classificação clínica CEAP e padrões de refluxo com ou sem comprometimento das junções das safenas, utilizou-se o teste qui-quadrado (p < 0,05). RESULTADOS: Das 1.184 extremidades avaliadas, 50,2% apresentavam varizes sem edema (CEAP C2). O padrão de refluxo segmentar foi o mais freqüente nas veias safenas magna (35,14%) e parva (8%), independente da gravidade da insuficiência venosa. As junções safeno-femoral e safeno-poplítea foram fontes de refluxo em 12 e 6% das extremidades, respectivamente. Considerando a associação entre classificação clínica CEAP e insuficiência das junções das safenas, foi observada diferença significativa entre presença de refluxo nas junções safeno-femoral (p = 0,0009) e safeno-poplítea (p = 0,0006) na doença avançada. CONCLUSÕES: O refluxo inicia-se predominantemente em segmentos no trajeto das veias safenas. As junções das safenas não são as principais fontes causadoras do refluxo no sistema venoso superficial. À medida que piora a apresentação clínica da insuficiência venosa, aumenta a probabilidade de refluxo nas junções das safenas.
RESUMOObjetivo: Analisar a evolução da gestação e partos após tratamento de leiomioma uterino por embolização das artérias uterinas. Métodos: Foram incluídas na avaliação inicial 112 pacientes submetidas a embolização de artérias uterinas para tratamento de mioma uterino. Destas, somente nove desejavam o tratamento conservador para manter a capacidade reprodutiva. Este procedimento foi indicado para estas nove pacientes, pois elas não eram susceptíveis ao tratamento conservador cirúrgico. Submeteram-se a embolização das artérias uterinas com partículas de álcool polivinílico ou embosferas com diâmetro de 500 a 700 µm e evoluíram sem intercorrências. Resultados: Durante o acompanhamento dessas nove pacientes houve boa resposta clínica, com redução signifi cativa no volume do útero e dos miomas. Dessas nove, quatro engravidaram, sendo que duas tiveram abortamento precoce e duas evoluíram normalmente até o fi nal da gestação com parto a termo, sendo um deles gemelar. Conclusão: A embolização de artérias uterinas é uma opção para o tratamento de miomas uterinos e apresenta bons resultados clínicos e anatômicos, permitindo manter a capacidade reprodutiva. PALAVRAS-CHAVE:Mioma; Neoplasias uterinas; Leiomioma/terapia; Embolização terapêutica/métodos; Fertilidade; Gravidez ABSTRACT Purpose: To analyze gestation evolution and deliveries after myoma treatment by embolization of the uterine arteries. Methods: In the initial evaluation, 112 patients submitted to embolization of uterine arteries were included for treatment of myoma. From those, only nine wanted to be submitted to conservative treatment in order to keep their reproductive capacity. This procedure was indicated to the nine patients, since they were not susceptible to a conservative surgical treatment. They were submitted to embolization of the uterine arteries with particles of polyvinyl alcohol or embospheres with diameters ranging from 500 to 700 µm, and they have evolved without intercurrence. Results: During the follow-up of these patients, there was a good clinical response with signifi cant reduction in the uterus and myoma volumes. Four of them got pregnant, two had an early abortion and two evolved normally till the end of gestation with a term delivery. One of these had twins. Conclusion: Embolization of the uterine arteries is an option for the treatment of uterine myoma, and presents good clinical and anatomical results, allowing patients to preserve their reproductive capacity.
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