INTRODUÇÃO: A sarcopenia é uma síndrome caracterizada por perda progressiva e generalizada de massa e força do músculo esquelética, bem como possivelmente da musculatura respiratória com risco de desfechos adversos, como declínio da funcionalidade, má qualidade de vida e morte. O risco de complicações respiratórias e infecções na população idosa é elevado, o que pode ser devido, em parte, as alterações da força do diafragma. OBJETIVO: Avaliar a associação entre força muscular periférica e força muscular respiratória em idosos hospitalizados. MÉTODOS: Trata-se de um estudo realizado em um hospital público na cidade de Salvador, Bahia. As variáveis primárias mensuradas foram medidas antropométricas, força de preensão palmar, força muscular respiratória através da aferição da pressão inspiratória máxima (PImáx), velocidade de marcha e presença de tabagismo. As variáveis secundárias extraídas a partir de dados de prontuário foram idade, gênero, diagnóstico médico admissional, perfil clínico admissional (clínico ou cirúrgico), tempo de internação no momento da coleta e índice de comorbidades de Charlson. Para avaliação entre as variáveis da FPP e força muscular respiratória foi utilizado a análise da correlação de Pearson. RESULTADOS: Dos 95 idosos avaliados, 73,7% era do sexo masculino, 89,5% tinham internação por motivo cirúrgico (40,2% cirurgias abdominais; 30,4% cirurgias urológicas; 16,3% amputações; 13,1% outras cirurgias), IMC 24,5 ± 4,1Kg/m2. A média de idade foi 68,1±6,1 anos, força de preensão palmar 31,3 ± 9,1Kgf e PImáx -77,5±33,2 cm H2O. O tempo para avaliação inicial foi de 4,3 ± 3,1 dias após internação hospitalar. O índice de comorbidades de Charlson foi de 3,6 ± 1,89 e a pontuação do mini-exame do estado mental foi 22,9±7,22. A correlação entre a força de preensão palmar e a força muscular respiratória foi moderada (R=-0,439 e valor de p= 0,001). CONCLUSÃO: Existe relação entre FMR e FMP, bem como a FMR pode predizer dinapenia. Apesar disso, recomenda-se que a avaliação da FMR e FMP sejam feitas de forma individualizada para um posterior direcionamento do plano terapêutico, já que esta relação foi apenas moderada.
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