O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa realizada em pequenas empresas visando a identificar as estratégias competitivas adotadas pelos seus dirigentes. Para tanto utilizou-se o modelo proposto por Miles e Snow (1978) na classificação das escolhas estratégicas reportadas pelos respondentes. Dados coletados em 107 empresas da cidade de Londrina, PR, distribuídas por 8 ramos de atividades, permitiram verificar a ocorrência dos 4 tipos estratégicos propostos por Miles e Snow (1978), isto é, estratégias defensiva, analítica, prospectora e reativa. O desempenho das empresas que adotaram estratégias reativas foi menos eficaz em termos de crescimento, confirmando uma das proposições centrais do modelo. A estratégia mais freqüente foi a analítica. Não foi encontrada nenhuma diferença nas escolhas estratégicas que pudesse ser associada ao gênero do dirigente da pequena empresa.

Validity and reliability of research and its results are important elements to provide evidence of the quality of research in the organizational field. However, validity is better evidenced in quantitative studies than in qualitative research studies. As there is diversity within qualitative research methods and techniques, there is no universally accepted criteria to assess validity in qualitative studies; its usefulness is also questioned. Therefore, in this paper, we argue that qualitative research should adopt a processual view approach of validity since it should not be the product of a single test or just one step in the research. Processual validity both supports good research and helps in its reflection and guidance. To illustrate our approach, we present the processual approach adopted by one of the coauthors during the development of a research project. We highlight the validity assurance activities for both ex ante and ex post research, peer review and participation in an international conference, which corroborated the quality of the processual approach and the results that were obtained.

O tópico central que motiva o presente trabalho é o papel que o valor desempenha nas teorias de estratégia e que, apesar de ser considerado nas principais correntes de pensamento do campo, ainda apresenta indefinição. O objetivo é explorar as principais definições de valor e suas implicações para o desenvolvimento teórico no campo da Administração Estratégica, mais especificamente, para as investigações sobre vantagem competitiva sustentável. Ao trabalhar com conceitos de valor, como valor de uso, valor de troca, criação de valor, valor capturado, valor percebido e uso do valor, pode-se demonstrar que a formação e a sustentação de vantagem competitiva estão além do olhar predominantemente econômico. Elas necessitam ser complementadas por dimensões que atinjam o consumidor, alterando seu estado de espírito, seus desejos e suas emoções. A vantagem competitiva, nesse novo contexto, pode ser entendida como uma governança de um sistema de firmas que se alinham para a criação e a entrega de um valor de uso, e que se relaciona mutuamente para dividir o valor. Em um movimento recursivo, as informações e valores seguem a montante e a jusante da cadeia de firmas, formando um fenômeno complexo em que o processo de formação da estratégia é determinado por uma heurística própria de cada estrategista.

Dado o impacto causado pelo uso das tecnologias da informação e de comunicação nas organizações, no seu ambiente econômico e social, verifica-se um incremento no estudo dos fenômenos de caráter social. Entre os métodos de pesquisa que permitem estudar esses fenômenos em profundidade, destaca-se a observação participante. Ela faculta ao pesquisador obter informações sobre o campo como insider, permitindo uma visão dos detalhes e da sequência dos eventos observados. Como o uso da observação participante nos estudos da área de Administração da Informação (AI) no Brasil ainda é incipiente, este artigo apresenta elementos essenciais do método, seus principais benefícios, suas dificuldades e desafios enfrentados para a sua adoção. Foram analisados, para tanto, estudos empíricos de AI que adotaram a observação participante e uma experiência vivenciada em pesquisa com 12 meses no campo, discutindo as lições apreendidas e apresentando sugestões para fomentar a adoção da observação participante em pesquisas de AI.

Knowledge development has been continuously challenging. Qualitative research seems to be promising; however, there are difficulties and complexities involved, one of which is validity. Qualitative research is based on different paradigms, ontologies, theories, and methods, and validity assessment may vary. We argue that processual validity can positively influence qualitative health care research. Processual validity is a methodological construction that involves all research steps, including those before and after data collection and analysis. We selected a processual validity model and two cases to illustrate its use and demonstrate processual validity’s importance and applicability. One case explores the gap between medical education and patients’ needs in primary health care. Other studies focus on health care improvements in hospitals. Our results highlight the benefits of processual validity to ensure the transparency and reliability of the research process and provide evidence of the findings to positively influence thinking and the execution of qualitative research in health care.