O consultório odontológico é um meio de contaminação microbiana cruzada, exigindo desinfecção de moldes e modelos mediante soluções de desinfecção. Os materiais de moldagem podem absorver água e os sais dos agentes de desinfecção eventualmente impregnam a superfície dos moldes e são transferidos para a superfície do gesso, prejudicando as suas propriedades. Este trabalho avaliou a alteração dimensional de dois elastômeros imersos em duas diferentes soluções de desinfecção e a dureza Rockwell do modelo de gesso após o contato com o molde desinfectado. Para cada elastômero foram confeccionados quinze moldes a partir de uma matriz de aço inoxidável: cinco foram imersos por 10 minutos em solução de glutaraldeído 2%, cinco em formaldeído 20 g e os outros cinco formaram o grupo controle. Com microscópio medidor verificou-se a alteração dimensional. Usando modelos de gesso tipo IV aplicados à superfície dos moldes avaliouse a dureza Rockwell com o microdurômetro por 24 horas. Quanto à alteração dimensional, os resultados obtidos permitiram concluir: a) Todos os grupos sofreram contração; b) Não houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) entre o Xantopren VL plus e o 3M Express, com exceção do grupo imerso em glutaraldeído, em que o 3M Express sofreu maior contração. c) Para o Xantopren VL plus não houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) entre todos os grupos; d) Para o 3M Express só houve diferença estatisticamente significante (p>0,05) entre os grupos controle e imersos em glutaraldeído. Não houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) na dureza superficial dos gessos odontológicos.