PRATA, P. R. The Epidemiologic Transition in Brazil. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 8 (2): 168-175, abr/jun, 1992 INTRODUÇÃOO perfil de morbi-mortalidade pode ser considerado um indicador relativamente sensível das condições de vida e do modelo de desenvolvimento de uma população, sendo o resultado da interação de diversos fatores interdependentes. Wood & Carvalho (1988), por exemplo, consideram que os modos de produção econômica e de reprodução humana interagem para determinar a estrutura econômica e demográfica (fertilidade, mortalidade e migração) de uma população. Além disso, fatores ambientais e sócio--culturais devem ser considerados, não sendo possível, portanto, separar o nível de mortalidade de sua estrutura e de sua relação com fatores históricos, sócio-econômicos, demográficos e ambientais.Tal como ocorreu anteriormente na Europa, o declínio do coeficiente de mortalidade geral não é o único aspecto notável no Brasil nos últimos 50 anos; também a redução da mortalidade infantil, o aumento da expectativa de vida da população e a modificação do seu perfil epidemiológico foram observados. Este processo, o qual Omran (1971) descreveu como de transição epidemiológica, caracteriza-se pela evolução progressiva de um perfil de alta mortalidade por doenças infecciosas para um outro onde predominam os óbitos por doenças cardiovasculares, neoplasias, causas externas e outras doenças consideradas crónico-degenerativas.A MORTALIDADE E SEUS DETERMINANTES Na Europa, as Revoluções Agrícola e Industrial, a urbanização e a melhoria das condições de vida durante os últimos séculos foram responsáveis por um importante declínio da mortalidade e pela modificação do perfil epidemioló-gico da população, numa época de pouco conhecimento médico e de implementação limitada de medidas terapêuticas eficazes.Tomando como exemplo a Inglaterra, observa-se que, no século XVIII, o principal fator responsável pelo declínio da taxa de mortalidade foi a redução das doenças infecciosas, graças
The author refers to the social, economic, individual, and collective dimensions of the relationship between health and disease. He considers that individuals and populations are not equally exposed to protective and risk factors. He highlights the uneven development between nations and Brazilian regions, and communities, as well as discussing the relationship between development, wealth, health, and social justice. The article analyzes development theories and makes a distinction between economic development and growth. The concepts of development trap and social refugees are coined. The author defines a healthy community, points to the need for a shift in the current development model, and delineates the health sector's role and limitations in dealing with social inequality.
<span class="texto">O objetivo do presente estudo foi analisar a situação de saúde de Salvador segundo condições de vida. O espaço urbano foi dividido em 75 zonas, que foram agrupadas em quartis segundo um Índice de Condições de Vida. O estado de saúde foi avaliado através da Mortalidade Infantil Proporcional, Índice de Swaroop-Uemura e de coeficientes específicos de mortalidade, por grupos de causas selecionados. Observou-se uma elevação da Mortalidade Infantil Proporcional, do Coeficiente de Mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório e do Coeficiente de Mortalidade por Causas Externas entre 1991 e 1994 em percentuais que variaram entre 2,2 e 25,2. Os resultados também apontaram os estratos de piores condições de vida como os mais penalizados em excesso de mortalidade por determinados grupos de causas. Os autores discutem os resultados a partir de abordagem que analisa a constituição histórica do espaço urbano de Salvador e a sua influência sobre as condições de vida e saúde.</span>
The epidemic of microcephaly and other congenital abnormalities associated with Zika virus which emerged in Brazil now threatens different countries worldwide. Since the declaration of a National Public Health Emergency, the Brazilian government has implemented a response plan in which the research agenda is central. Developments were achieved in four main areas of the agenda: 1) virological, clinical and epidemiological studies, 2) alternative vector control strategies, 3) development and evaluation of diagnostic tests, and 4) development and evaluation of vaccines. National and international collaborative networks have played an important role in the race against the clock to quickly translate the results of R&D initiatives into public policies. It is paramount that the lessons learned from Zika lead to fast and effective responses to future epidemics.
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