OBJETIVO: Descrever os índices articulatórios quanto aos diferentes tipos de erros e verificar a existência de um tipo de erro preferencial em crianças com transtorno fonológico, em função da presença ou não de histórico de otite média. MÉTODOS: Participaram deste estudo prospectivo e transversal, 21 sujeitos com idade entre 5 anos e 2 meses e 7 anos e 9 meses com diagnóstico de transtorno fonológico. Os sujeitos foram agrupados de acordo com a presença do histórico otite média. O grupo experimental 1 (GE1) foi composto por 14 sujeitos com histórico de otite média e o grupo experimental 2 (GE2) por sete sujeitos que não apresentaram histórico de otite média. Foram calculadas a quantidade de erros de fala (distorções, omissões e substituições) e os índices articulatórios. Os dados foram submetidos à análise estatística. RESULTADOS: Os grupos GE1 e GE2 diferiram quanto ao desempenho nos índices na comparação entre as duas provas de fonologia aplicadas. Observou-se em todas as análises que os índices que avaliam as substituições indicaram o tipo de erro mais cometido pelas crianças com transtorno fonológico. CONCLUSÃO: Os índices foram efetivos na indicação da substituição como o erro mais ocorrente em crianças com TF. A maior ocorrência de erros de fala observada na nomeação de figuras em crianças com histórico de otite média indica que tais erros, possivelmente, estão associados à dificuldade na representação fonológica causada pela perda auditiva transitória que vivenciaram.
Objetivo descrever e quantificar os erros de fala de crianças com transtorno fonológico de acordo com seu desempenho no índice porcentagem de consoantes corretas-revisado e process density index, além de determinar se as crianças com diferentes graus de gravidade diferem quanto ao erro articulatório predominante na fala. Métodos foram analisadas as amostras de fala de 21 crianças com transtorno fonológico de ambos os gêneros, com idades entre 5;2 e 7;11 anos. A partir de duas provas de fonologia (nomeação de figuras e imitação de palavras) foram calculados os índices absolutos de substituição, omissão e distorção, a porcentagem de consoantes corretas-revisado e o process density index Resultados houve diferenças quanto ao tipo de erro predominante na fala indicando que a substituição foi o tipo de erro mais ocorrente. Para as crianças com maior gravidade a substituição foi o tipo de erro de fala predominante e, para aquelas com grau menor gravidade, observou-se ocorrência semelhante dos diferentes tipos de erros. Na análise da amostra total as correlações apontaram que quanto maior a ocorrência de substituição menor o número de distorção Conclusão de forma geral, a substituição foi o tipo de erro mais ocorrente. As crianças menos graves apresentaram equivalência entre os tipos de erros e as mais graves, maior ocorrência de substituições. Os índices absolutos foram efetivos e eficientes para indicar o tipo de erro mais frequente em função da gravidade do transtorno.
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