Dentre as complicações do transplante renal, nota-se que elas podem ser classificadas como patológicas ou cirúrgicas, sendo que essas podem afetar a função do enxerto e causar morbidade significativa no receptor. O sangramento é incomum após transplantes renais, mas isso geralmente ocorre a partir de vasos não ligados no hilo do enxerto ou de pequenos vasos retroperitoneais seccionados do receptor, e os fatores de risco no destinatário para a ocorrência desse evento incluem a obesidade e uso de anticoagulantes. Ademais, as complicações vasculares podem envolver os vasos doadores (artéria renal e veia renal), os vasos receptores (artéria ilíaca), ou ambos. A estenose da artéria renal representa uma complicação mais frequentemente tardia, e é muito mais comum do que a trombose da artéria renal, sendo o lugar da anastomose o mais comum. Dentre os fatores de risco, destaca-se doença aterosclerótica do receptor, técnica de sutura inapropriada e trauma da artéria doadora. Outrossim, as complicações tromboembolíticas venosas que acometem os vasos receptores (trombose venosa profunda e embolia pulmonar) não são incomuns. Normalmente, são relatados dois picos de incidência: um no início do período pós-operatório (provavelmente relacionado a fatores operatórios) e um segundo pico em torno de quatro semanas (talvez relacionado a um aumento do nível do hematócrito). Dentre os fatores de risco, incluem-se idade do receptor maior que quarenta anos, diabetes mellitus, distúrbios trombofílicos e histórico de trombose venosa profunda. Ademais, as linfoceles, que são coleções líquidas de linfa que geralmente resultam de vasos linfáticos cortados durante a cirurgia, também podem constituir como uma complicação.

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A Covid-19 é uma doença com elevadas taxas de transmissibilidade, especialmente através de aerossóis e superfícies contaminadas. Dessa forma, o objetivo foi identificar os fatores envolvidos aos aspectos da assistência à saúde do idoso em tratamento do câncer nos hospitais de referência das cidades elencadas, residentes no município de Itumbiara-GO, durante o período de pandemia da COVID-19. Realizou-se uma pesquisa de cunho e abordagem quantitativa utilizando como instrumento de coleta de dados um questionário semiestruturado, executado pelo Google Forms, respondido por 70 idosos, com diagnóstico de câncer e que estavam em tratamento oncológico. O tratamento oncológico dos entrevistados apresentou uma estimativa de tempo de 6 meses a mais de 2 anos, sendo que a maior parte dos pacientes realizou o tratamento em Barretos. Desses, 54% acreditavam que a pandemia provocada pelo Coronavírus atrasou e complicou o tratamento. Dentre as doenças que surgiram durante o período, 27,58% dos entrevistados apresentaram problemas de doenças respiratórias e reumáticas. Em contrapartida, 72,42% relataram ter que lidar com doenças cardiovasculares. As maiores dificuldades enfrentadas foram a demora nos exames, atraso no atendimento e nas consultas, uma vez que o receio de contaminação pela longa espera nas recepções dos hospitais, áreas insalubres com grande fluxo de pessoas, foram fatores que fomentaram a pausa/abandono no tratamento oncológico. Durante a pandemia, 38% dos entrevistados não necessitaram de hospitalização por complicação no tratamento e 71,4% ainda estão realizando o tratamento ambulatorial, quimioterápico ou radioterápico. Dessa forma, esclareceu-se que mesmo diante de um período extraordinário na sociedade, especialmente na área da saúde, a maior parte dos tratamentos seguiu seu percurso normalmente.