O presente estudo teve como objetivo principal investigar as características dos serviços de comunicação em Saúde, a partir da Rede dos Conselhos das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) no Brasil. Trata-se de um estudo exploratório quantitativo e qualitativo do tipo participante, conduzido de 2014 a 2015, com amostra não probabilística. Foram aplicados questionários com as assessorias de comunicação em saúde dos municípios participantes e entrevistas com os gestores dos Conselhos de Secretários Municipais de Saúde (Cosems). Ao todo participaram 122 municípios, das quais somente dois núcleos da Rede possuíam diretoria de comunicação e 64,8% dos municípios não possuíam Assessoria de Comunicação. As instalações de trabalho dos comunicadores são precárias, os profissionais não têm estabilidade empregatícia, ocupam cargos comissionados e possuem pouca experiência na área. Os profissionais de comunicação realizam assessoramento direto aos secretários, não possuem assento nos conselhos gestores, tem comprometidas suas ações de planejamento, o que fragiliza os processos organizativos. É necessário construir uma agenda política estratégia de comunicação em saúde, fortalecimento dos processos de informação, educação e comunicação voltados para prevenção das doenças e promoção da saúde, compreendidos como um ideal ético-político-formativo a ser alcançado na direção cidades saudáveis solidária, democrática e socialmente justa.
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