As atividades complementares são componentes curriculares obrigatórios que possibilitam o desenvolvimento e conhecimento dos estudantes. No âmbito universitário, tais ações são identificadas em práticas pedagógicas que promovem habilidades e competências alinhadas a formação. Este artigo apresenta a experiência de um projeto de ensino com ênfase nas atividades complementares em Arquitetura e Urbanismo. Trata-se de uma experiência que, além do cumprimento das diretrizes curriculares, estabelece ampla experimentação, abrangendo o corpo discente e docente do curso, com atividades diversificadas em um movimento praticoteoricoprático. A estrutura, ações e promoção das atividades foram desenvolvidas com base na teoria do ensino reflexivo e nas competências do arquiteto urbanista. Inclui a estratégia da autoavaliação para levantar a percepção do curso em relação ao projeto aplicado. Como resultado, observa-se o potencial das ações propostas e vivenciadas na articulação e crescimento praticoteoricoprático, identificados no envolvimento dos estudantes e no aumento do sentimento de pertencimento junto à comunidade acadêmica.Palavras-chave: Prática de ensino, extensão universitária, comunidade acadêmica.

Arquitetura e Planejamento de Interiores é uma disciplina que contempla uma das atribuições profissionais mais exercidas pelos arquitetos, com relevância na inserção de recém-formados no mercado. Embora essencialmente prática, possui carga horária reduzida se comparada a outras disciplinas projetuais do currículo. Este artigo objetiva descrever iniciativas na promoção da interdisciplinaridade entre essa e outras disciplinas do curso e relatar a experiência acumulada, que utiliza a metodologia de sala de aula invertida e integra novas tecnologias de informação e comunicação com vistas a melhorar o aproveitamento do tempo de aula, potencializar a prática e estimular o envolvimento do aluno. Como estratégias utilizadas, enfatiza-se o uso de redes sociais como ambiente de ensino e meio de comunicação, o que possibilita trabalhar a teoria e apresentação de resultados preliminares fora do ambiente de aula, permitindo que os encontros presenciais sejam direcionados à orientação dos projetos. Buscando promover a aproximação com o mercado, os alunos têm contato com clientes reais, utilizam ferramentas como vídeo e site para a apresentação dos resultados e recebem avaliação de seus clientes e professores. Observou-se que a metodologia utilizada melhora o desempenho dos alunos, tornam a sala de aula produtiva e permitem a aproximação com a realidade de mercado.

A pandemia desencadeada pelo vírus SARS-CoV-2 impactou diretamente a rotina de milhares de pessoas. Com a necessidade do isolamento e distanciamento social, muitas atividades externas foram levadas em grande demanda para dentro dos ambientes residenciais. As atividades educacionais presenciais, adotaram como alternativa à paralização o ensino remoto emergencial, desencadeando diversos desafios. Dentre eles o espacial, que envolve o morar e estudar em um mesmo ambiente, com impacto adicional do uso de tecnologias de informação e comunicação. A partir da experiência vivenciada ao longo de 2020 e 2021, apoiado em revisões bibliográficas, entrevistas com estudantes e análises de peças gráficas de plantas de divulgação imobiliária, este artigo discute e ilustra aspectos de projeto para espaços de tele-estudo em ambiente residencial, voltados para educação superior, sob o enfoque da flexibilidade. Os resultados apontam e ilustram atributos para a concepção de projeto, considerando diversidade de possibilidades da infraestrutura, com aplicação projetual comentada.