Resumo: Introdução: Com a pandemia da Covid-19, foi necessário adaptar o ensino da promoção da saúde para o ambiente on-line. Dessa forma, parte do componente curricular de Saúde Coletiva de uma universidade federal foi realizada em formato de rodas de conversa remotas. O objetivo deste artigo é relatar essa experiência de adaptação ao ambiente on-line, mantendo a coerência entre o aprendizado e a vivência da promoção da saúde durante a pandemia. Relato de experiência: A primeira unidade do componente curricular de Saúde Coletiva consistiu em quatro rodas de conversa sobre promoção da saúde, que foram realizadas em grupos de aproximadamente 15 estudantes. As sessões eram separadas em dois momentos: um assíncrono, de preparação individual, e um síncrono, de discussão em grupos. Assim, os alunos discutiram tópicos sobre a saúde mental e o estresse relacionado à pandemia, além de estratégias de autocuidado e de promoção da própria saúde. Ao final do encontro, cada grupo elaborava suas necessidades de aprendizagem para a próxima sessão. Discussão: As rodas de conversa são pautadas essencialmente no diálogo entre os participantes e permitem a criação de um espaço aberto de troca de narrativas. No caso da experiência relatada, as rodas de conversa foram organizadas de forma a ensinar não somente a promoção da saúde, mas também a promoção do autocuidado no contexto de pandemia. Observa-se, portanto, a coerência no processo de ensino e vivência da promoção da saúde, bem como a preocupação com o bem-estar dos alunos. As principais limitações da experiência foram as dificuldades de acesso às plataformas de ensino remoto e o controle da participação dos estudantes nas atividades, uma vez que foi dada aos alunos a liberdade de ligar ou não a câmera. Conclusão: A realização de rodas de conversa foi uma excelente alternativa para possibilitar a adaptação do componente curricular ao ambiente remoto. Por meio das sessões, os estudantes puderam compartilhar seus sentimentos em relação ao momento atípico vivenciado, além de aprenderem na prática acerca do funcionamento de grupos operativos.
Resumo: Introdução: A Aprendizagem Baseada em Equipes (ABE) é um método muito utilizado no ensino da promoção de saúde, pois instiga o exercício de habilidades como a liderança, o trabalho em equipe e a tomada de decisões. Com a pandemia da Covid-19, houve a necessidade de adaptar o ensino médico para o âmbito remoto. Assim, o objetivo deste artigo é descrever a experiência de adaptação de um componente curricular de Saúde Coletiva ao ambiente on-line, mantendo a ABE como método de ensino-aprendizagem da promoção de saúde, mesmo em tempos de pandemia. Relato de experiência: A aplicação do método foi feita por meio de videoconferências e de uma plataforma com recursos para a aplicação dos testes conforme o formato da ABE. Com os encontros, os estudantes desenvolveram competências essenciais à promoção da saúde, como salutogênese, metáforas da enfermidade na experiência do adoecimento, prevenção de agravos e educação em saúde. Discussão: A ABE consegue desenvolver no estudante habilidades como o trabalho em equipe, a liderança e o diálogo. Essas competências são preconizadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais durante a formação médica, além de serem essenciais na prática da promoção da saúde. Além disso, nota-se que o componente curricular promoveu uma construção salutogênica das capacidades dos alunos, desenvolvendo habilidades a partir das potencialidades dos estudantes, tal como em um grupo operativo. Ademais, a aplicação da ABE permitiu a continuidade do ensino de qualidade da promoção de saúde, mesmo em ambiente remoto, tendo em vista que essa metodologia estimula a aprendizagem ativa e oferece a possibilidade de aplicar os conhecimentos obtidos em situações práticas. As principais limitações da experiência foram as dificuldades de acesso às plataformas de ensino remoto, as restrições à comunicação não verbal e o controle sobre o acesso a materiais de consulta durante a execução de cada etapa. Conclusão: A adaptação da ABE ao ambiente remoto estimulou a prática de habilidades comunicativas e de argumentação que são essenciais à facilitação de grupos operativos na comunidade e permitiu que os estudantes aplicassem os conceitos aprendidos em situações práticas, apesar do ambiente remoto de ensino.
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