Este trabalho objetivou analisar a qualidade da água consumida pela comunidade universitária do Setor Profissional da Cidade Universitária Prof. José da Silveira Netto-UFPA. A metodologia empregada foi baseada em estudo quanti-qualitativo e em pesquisa laboratorial, nas quais as amostras de água foram coletadas dos bebedouros da universidade no período de agosto a dezembro de 2019. As variáveis escolhidas para pesquisa foram: pH, turbidez, cor aparente, sólidos dissolvidos totais, cloro residual livre, dureza total, nitrogênio amoniacal, temperatura e coliformes totais. Os dados da pesquisa foram analisados mediante a estatística descritiva (média, máxima, mínima, coeficiente de variação e desvio padrão). Os resultados obtidos revelaram que nem todas as amostras estiveram dentro do padrão estabelecido pela Portaria de n° 888 de 2021, do Ministério da Saúde (MS), uma vez que os parâmetros de cor aparente e cloro residual livre apresentaram-se fora do recomendado. Além disso, constatou-se a presença de contaminação por agentes microbiológicos em alguns pontos monitorados. Logo, são necessárias intervenções para o melhoramento da qualidade da água na universidade, visando à segurança sanitária dos usuários.
Devido ao debate iniciado na década de 90, relativo aos resíduos químicos em instituições de ensino superior brasileiras (IES), foi possível observar a abundância de problemáticas referentes a este assunto devido à falta de políticas padronizadoras para o gerenciamento desses resíduos nestas instituições. Sabe-se que a prática nociva de manejo e descarte inadequado destes produtos pode acarretar diversas dificuldades na esfera ambiental e implica em problemas de saúde pública. Em função disso, este trabalho objetivou estudar os resíduos químicos oriundos do setor básico da cidade universitária prof. José da Silveira Netto-UFPA. A pesquisa trata-se de um estudo quali-quantitativo de caráter exploratório e foi concluída após a execução destas cinco etapas: caracterização da área de estudo, inventário de resíduos, aplicação de questionários, pesquisa de campo e amostragens dos resíduos químicos. Nos resultados foi possível identificar as fontes geradoras de resíduos químicos no Setor Básico da UFPA, além de diagnosticar a quantidade que foi de 750 kg para embalagem vencidas e 325 kg de frascos contaminados. Na análise qualitativa do gerenciamento, o quesito coleta e o tratamento mostraram-se mais preocupantes, pois são as principais etapas para o manejo ambientalmente adequado. Por fim, foram propostas recomendações para melhoria do gerenciamento dos resíduos químicos da Instituição, levando em consideração práticas abordadas por outras IES que mostraram que é viável a execução do manejo dos resíduos químicos de forma ambientalmente adequada mediante a propostas de ações em curto, médio e longo prazo.
A salubridade ambiental é o conjunto de medidas que visam a promover a saúde pública coletiva e preventiva, por meio da redução do contato com doenças relacionadas ao saneamento básico inadequado que possam ocasionar impactos nocivos ao bem-estar físico, mental e social da população. Nesse sentido, este trabalho objetivou aplicar o indicador de salubridade Ambiental (ISA) nos municípios de Belém e Ananindeua, os quais compõe a maior parte da população situada na Região Metropolitana de Belém (RMB), localizadas ainda dentro do contexto da Região Amazônica Brasileira. A metodologia foi adaptada do Conselho Estadual de Saneamento (CONESAN) do Estado de São Paulo e os dados foram obtidos mediante a consulta nos sites oficiais do SNIS, PNAD e DATASUS, com período de 18 anos (2000-2017). Os resultados mostraram que a cidade de Belém apresentou baixa salubridade, com média de 25,52 e o município de Ananindeua enquadrou-se como insalubre, com pontuação média de 11,55, em que os maiores deficits estão relacionados ao esgotamento sanitário e aos resíduos sólidos, mostrando, assim, que a prioridade deve ser maior no planejamento urbano desses serviços. Logo, o ISA é uma importante ferramenta de suporte para decisões que podem auxiliar nas políticas públicas de saneamento básico.
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