Introdução: O diagnóstico precoce de problemas nutricionais pode melhorar o prognóstico dos pacientes oncológicos. Objetivo: Identificar pela Avaliação Subjetiva Global Produzida Pelo Paciente (ASG-PPP), a necessidade de intervenção nutricional e seus fatores associados em pacientes prestes a iniciar quimioterapia. Método: Estudo transversal realizado com dados secundários. Todos os pacientes acima de 18 anos, que iniciaram quimioterapia no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas, entre maio de 2011 a dezembro de 2012, foram incluídos. Foi aplicada a todos os pacientes a ASG-PPP. As demais variáveis foram obtidas dos prontuários dos pacientes. Os dados foram digitados no programa Microsoft Excel 2007®. As análises estatísticas foram realizadas no programa Stata® 11.2. Realizaram-se análises bivariadas por meio de testes qui-quadrado e regressão de Poisson com variância robusta, adotando-se um nível de significância de 5%. Resultados: 40,4%; 46,8%; e 12,8 dos pacientes foram classificados como bem nutridos, moderadamente desnutridos e gravemente desnutridos, respectivamente. A maior pontuação da ASG-PPP associou-se com idade superior a 60 anos (p<0,001), doença em estadiamento III (p=0,030) e tumores de cabeça e pescoço, e pulmão (p=0,006). Pacientes idosos e com doença avançada apresentaram, respectivamente, 1,53 e 1,85 vezes mais necessidade crítica de intervenção nutricional quando comparados aos pacientes adultos e os com estadiamentos I e II. Conclusão: A maioria dos pacientes estava moderadamente ou gravemente desnutrida, com necessidade crítica de intervenção nutricional nos idosos, com estadiamento III e com tumores de cabeça e pescoço, e de pulmão. Apresentaram probabilidade maior de intervenção nutricional crítica os idosos e os com doença avançada.
Introdução: A identificação precoce dos fatores desencadeantes da caquexia oncológica é importante para que a intervenção nutricional auxilie na sua prevenção. Objetivo: Verificar quais são os fatores associados à caquexia em pacientes oncológicos participantes de um programa de internação domiciliar, utilizando conceitos padronizados para a síndrome. Método: Estudo transversal descritivo a partir de dados secundários dos prontuários de todos os pacientes atendidos pelo Serviço de Nutrição, entre fevereiro de 2010 a fevereiro de 2014. A presença de caquexia foi analisada em relação ao sexo, idade, localização do tumor, estadiamento da doença, presença de metástases, tipo de tratamento antineoplásico e sintomas apresentados. Resultados: Foram analisados 276 pacientes, com média de idade de 61,5+13,7 anos, predomínio do sexo masculino (57,3%), doença avançada (90%) e presença de metástases (78,6%). A prevalência de caquexia foi de 75,3%, estando associada ao estadiamento da doença (p=0,001), à presença de metástases (p=0,002) e à localização do tumor (p=0,002), sendo mais comum entre os portadores de tumores gastrointestinais (37,3%). Observou-se associação da caquexia com anorexia (p<0,001), saciedade precoce (p<0,001), constipação (p=0,02), mucosite (p=0,02), náuseas (p=0,03), vômitos (p=0,01), disgeusia (p=0,01), disosmia (p=0,01) e dor (p=0,01). Conclusão: Além dos fatores diretamente relacionados com a doença, tais como: localização do tumor, estadiamento e presença de metástases, diversos sintomas associaram-se à caquexia, e esses merecem atenção diferenciada durante as intervenções nutricionais. Outros estudos, que avaliem os sintomas associados à caquexia, são necessários para que se possam comparar resultados e estabelecer uma intervenção nutricional.
ResumoIntrodução: o câncer de mama é o mais comum no sexo feminino e, no sul, tem uma das taxas mais altas dos do país: afeta mais de 70 a cada 100.000 mulheres. Objetivo: avaliar o consumo de vitaminas antioxidantes por mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico e verificar a necessidade de adequar o seu consumo. Método: estudo transversal com pacientes com neoplasia mamária em quimioterapia no setor de oncologia do Hospital escola da universidade Federal de Pelotas, atendidas no período de maio a dezembro de 2012. o consumo alimentar das pacientes foi avaliado por Questionário de Frequência alimentar. Resultados: a amostra foi formada por 23 mulheres, 78,3% adultas e 21,7% idosas. a média de idade foi de 56,91±12,25 anos. aproximadamente 43% da amostra não atingiu o valor recomendado de ingestão de Vitamina a, embora a mediana de consumo tenha sido maior que a recomendação. em relação à Vitamina c, todas ultrapassaram o ideal, enquanto nenhuma consumiu quantidade mínima de vitamina e. Conclusão: observou-se que existe um consumo diminuído de vitamina e por todas as pacientes, e um número expressivo de mulheres com baixo consumo de vitamina a, importantes antioxidantes da dieta que podem contribuir para neutralizar o perfil pró-oxidativo da doença. notou-se a necessidade de aconselhamento nutricional, a fim de adequar o consumo de vitaminas antioxidantes na dieta, com o intuito de auxiliar no tratamento e melhorar o estado nutricional dessas pacientes.
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