Resumo: O artigo analisa as concepções de inclusão que caracterizam os discursos de professores de Educação Física que acolhem estudantes com deficiência sensorial, física e/ou intelectual. A metodologia, de natureza qualitativa, caracterizou-se como um estudo de caso. Participaram deste estudo dois professores de Educação Física da rede regular de ensino pública da cidade de Fortaleza. Os procedimentos de coletas de dados consistiram na aplicação de entrevistas com base em um roteiro elaborado para esse propósito. Os resultados deste estudo evidenciaram que há um descompasso entre o discurso dos professores acerca da inclusão escolar: ora eles defendem uma concepção inclusiva e, em outros momentos, defendem concepções segregacionistas e exclusivistas para pessoas com deficiência. Conclui-se, com base nos discursos dos sujeitos participantes desta pesquisa, que suas concepções acerca da inclusão escolar ainda estão em vias de consolidação. Palavras-chave: Inclusão. Educação Física. Concepções.
Vive-se em um mundo no qual o tipo mais comum da linguagem é a verbal, porém não é somente através da audição que os seres humanos se tornam comunicadores ativos. Objetiva-se através dessa pesquisa identificar de que forma os estudantes surdos do ensino regular da cidade de Maracanaú - Ce estão sendo incluindo nas aulas de Educação Física na perspectiva de atuação profissional do professor e da acessibilidade da escola. O cenário foi nas escolas Municipais de Maracanaú e participaram da pesquisa professores graduados em Licenciatura em Educação Física que possuíam alunos surdos em suas aulas. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário estruturado e uma observação através de um checklist (Lista de verificação). Os principais resultados apontam que, 60% dos professores entrevistados se sentiram empolgados ao saber que lecionaria para um aluno surdo, 60% responderam que só ao se deparar com o aluno surdo que foi buscar informações, ou seja, a formação acadêmica não foi suficiente, 60% responderam que se comunica com o aluno surdo através de leitura labial e 100% das escolas observadas possuem sala de apoio pedagógico, porém as mesmas não possuem placas e sinais luminosos, e apenas 20% tem parcialmente a disciplina que ensina Libras para os alunos ouvintes. Conclui-se que mesmo com a falta de materiais e estruturas disponibilizadas pelas as escolas e ainda a má formação acadêmica, foram encontrados professores motivados a fazer a diferença, e em buscar novos conhecimentos.
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